
Não foi uma manhã qualquer no Engenho Velho. Por volta das 6h30, o silêncio do bairro foi quebrado por uma operação que já estava sendo planejada há tempos – e que terminou de forma letal.
A Polícia Civil, através da DECAT – aquela turma que não brinca em serviço –, partiu para cima de um alvo de alto valor: Jefferson de Jesus Santos, ou simplesmente "Jeffinho". O cara não era um qualquer. Líder de uma das facções que aterrorizava a região, responsável por abastecer meio Salvador com drogas e violência.
A coisa foi rápida, mas intensa. Segundo os agentes, Jeffinho reagiu. Não aceitou a prisão pacificamente. E no tiroteio que se seguiu – aqueles segundos que parecem horas –, ele foi atingido. Mesmo com o socorro sendo acionado na hora, não resistiu. Morreu no local.
O que a polícia encontrou?
Além do trágico desfecho, a operação rendeu provas importantes. Não era pouco. Uma espingarda calibre 12, munições e uma porção de drogas prontas para o mercado. Material que, agora, não vai circular.
"Era um alvo prioritário", confirmou um delegado que acompanhou a ação, sob condição de anonimato. "Ele coordenava a distribuição de entorpecentes e comandava ações criminosas na área. Sua eliminação impacta diretamente a estrutura do tráfico local."
E não para por aí. A operação não era isolada. Faz parte de uma investida maior, batizada de "Operação Impacto", que mira justamente esses chefões que insistem em achar que a lei não funciona.
E agora?
O corpo foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT). Lá, os peritos vão fazer seu trabalho. Já o caso, como manda a lei, vai ser investigado pela própria Polícia Civil – afinal, morte em ação policial é coisa séria e precisa ser apurada até o fim.
O clima na comunidade? Tenso. Quem mora por lá sabe que a queda de um chefe não significa o fim do problema. Pode até gerar uma disputa pelo poder que vem aí – e isso preocupa.
Uma coisa é certa: a operação mostra que a polícia segue na ativa. E que, pelo menos por hoje, a lei deu seu recado.