Líder do PCC nos morros de Santos é condenado a 15 anos de prisão no litoral paulista
Líder do PCC em Santos condenado a 15 anos

O cenário parece saído de um roteiro de filme policial, mas é a pura realidade do combate ao crime no litoral de São Paulo. A Justiça acabou de fechar um capítulo importante nessa guerra silenciosa que acontece nos morros santistas.

Falamos de Edson Rogério da Silva, conhecido nos bastidores do crime como "Nenê". O cara não era qualquer um — comandava com mão de ferro as operações do PCC nas comunidades da região. Quinze anos de prisão. A sentença veio após uma investigação minuciosa que durou meses, diga-se de passagem.

Operação que desmontou esquema

A coisa começou a desmoronar para Nenê em abril do ano passado. A Polícia Civil, com aquela paciência de jacaré, montou a Operária Sentinela. O nome até poético, mas os resultados foram bem concretos. Prenderam o sujeito em flagrante, com drogas e uma arma que, convenhamos, não era para defesa pessoal.

O que mais choca — ou talvez nem tanto, considerando como as coisas funcionam por aqui — é que o homem continuou dando ordens mesmo atrás das grades. Isso mesmo, da cadeia! Mandava recados, organizava a logística do tráfico, coordenava os "soldados" espalhados pelas comunidades. Uma teia complexa que a polícia foi desfiando fio por fio.

Dias de julgamento e a sentença

O tribunal do júri em Santos foi palco de cenas tensas na última quarta-feira. Testemunhas, provas materiais, a acusação firme. O Ministério Público não deixou por menos — tráfico de drogas e associação para o tráfico eram as acusações que pesavam sobre Nenê.

E olha só como o mundo dá voltas: o juiz José Henrique de Sousa Rodrigues, da 1ª Vara do Júri de Santos, não apenas condenou como ainda considerou que o réu era mesmo a "cabeça pensante" daquela rede toda. Não era peixe pequeno, longe disso.

Os quinze anos de reclusão começam a valer agora, em regime inicialmente fechado. A defesa, claro, já anunciou que vai recorrer. Mas a sensação entre os policiais que trabalharam no caso é de que fecharam um ciclo importante.

O que isso significa para Santos?

Bom, é complicado dizer que uma única prisão vai acabar com o crime organizado na região. Quem dera fosse assim tão simples. Mas sem dúvida tira do jogo um operador importante, alguém que conhecia os fios que moviam aquela máquina.

Moradores das comunidades afetadas — aqueles que realmente sofrem com a violência no dia a dia — torcem para que seja o início de uma mudança. Só o tempo dirá se outras cabeças vão surgir para ocupar o lugar ou se, quem sabe, haverá um respiro.

Enquanto isso, Nenê aguarda os próximos capítulos dessa história nos rigores do sistema prisional. Quinze anos é tempo suficiente para muita reflexão, não é mesmo?