A Polícia Civil de São Paulo efetuou a prisão em flagrante de um homem de 39 anos, suspeito de comandar ações criminosas e tentar extorquir uma empresa ferroviária que atua no município de Santos, no litoral sul paulista.
Flagrante durante encontro combinado
O suspeito foi detido na quinta-feira, dia 4 de dezembro, durante um encontro que ele mesmo havia marcado com representantes da companhia ferroviária. No local, ele oferecia supostos "serviços" de proteção, garantindo a interrupção de ataques aos trens em troca de um pagamento mensal. A prisão foi realizada por equipes da 5ª Disccpat (Divisão de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio).
Modus operandi da extorsão
Investigadores apuraram que o homem entrou em contato com funcionários da empresa por meio de mensagens. Para demonstrar suposto controle sobre a atividade criminosa, ele garantiu que, durante uma semana, não haveria novas ocorrências contra os trens caso o "acordo" fosse fechado. As investigações sobre os ataques já estavam em andamento.
Crimes que assolavam a ferrovia
Os crimes que vinham sendo praticados contra a empresa eram graves e diversificados. Entre as ações estavam a danificação de locomotivas pelo corte de mangueiras de ar, o furto de cabos de energia e outras sabotagens para acessar vagões e roubar carga. A situação se agravou a partir do mês de outubro, quando criminosos passaram a incendiar vagões, alguns deles ainda em movimento, o que representava um risco enorme para moradores que vivem próximos aos trilhos.
O caso foi registrado sob os crimes de extorsão, associação criminosa e perigo de desastre ferroviário. Após a prisão, o suspeito foi conduzido à sede da 5ª Disccpat, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), onde ficou preso à disposição da Justiça.
