Era um sábado aparentemente comum em Goiás, mas o que a polícia encontrou dentro de um Fiat Siena preto era tudo, menos normal. Um compartimento secreto tão bem feito que desafiava a imaginação – e dentro dele, uma metralhadora AR-15, a temida 'fuzil', pronta para o caos.
Parece coisa de filme, mas era a pura realidade. A operação foi deflagrada após investigações minuciosas que indicavam um plano sinistro: assassinar um promotor de Justiça de São Paulo. Sim, você leu direito. Um homem da lei, alvo da mais crua violência.
Dois homens, de 22 e 25 anos, foram capturados durante a ação. Eles não imaginavam que a emboscada seria contra eles. O veículo, com placas de Minas Gerais, foi localizado na região do Jardim Primavera, em Senador Canedo – aquela cidade que vive um boom de crescimento, mas também enfrenta os reflexos da criminalidade.
O detalhe mais aterrador? O porta-malas do carro foi transformado em um esconderijo perfeito. Uma placa de metal revestida com carpetes imitava o assoalho original. Só quem sabia do truque poderia acionar o mecanismo que revelava a arma e os carregadores. Uma engenharia macabra a serviço do crime.
E o que motiva uma trama tão elaborada? A polícia ainda corre atrás das peças que faltam nesse quebra-cabeça. Sabe-se que o promotor alvo atua em uma comarca do interior paulista. Seria uma retaliação? Uma tentativa de interferir em investigações delicadas? Tudo é possível no jogo obscuro do crime organizado.
Os dois suspeitos agora respondem por posse de arma de fogo de uso restrito e associação para o tráfico. Eles foram levados para o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Enquanto isso, o promotor que escapou da morte segue com proteção reforçada – um lembrete amargo de que a justiça, às vezes, paga um preço muito alto.
Operações como essa mostram como o mal se esconde em detalhes. Um carro comum, uma rua tranquila, e um plano que poderia ter terminado em tragédia. Mas também revelam outra coisa: a persistência de quem trabalha para evitar o pior.
