Uma megaoperação policial e fiscal foi deflagrada nesta quinta-feira, 27 de novembro de 2025, para desarticular uma complexa organização criminosa suspeita de cometer fraudes fiscais monumentais no setor de combustíveis. A ação, batizada de Refit, investiga um prejuízo aos cofres públicos que pode ultrapassar a marca de R$ 26 bilhões.
Força-tarefa nacional em ação
Cerca de 600 agentes estão nas ruas para cumprir mandados de busca e apreensão em cinco estados e no Distrito Federal. A força-tarefa, coordenada pelo Ministério Público de São Paulo, atua nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Maranhão.
Os alvos da operação incluem mais de 190 pessoas físicas e jurídicas ligadas ao Grupo Refit, considerado um dos maiores devedores de ICMS do país. A investigação aponta que o grupo é o maior devedor do estado de São Paulo e o segundo maior do Rio de Janeiro.
Crimes e medidas cautelares
Os investigados são suspeitos de integrar uma organização criminosa e praticar uma série de delitos, incluindo crimes contra a ordem econômica e tributária, além de lavagem de dinheiro. Como medida cautelar, a Justiça determinou o bloqueio de mais de R$ 10 bilhões em bens de todos os integrantes do grupo econômico investigado.
O valor do prejuízo, estimado em R$ 26 bilhões, refere-se a débitos já inscritos na dívida ativa da União e dos estados, evidenciando a magnitude do esquema fraudulento.
Instituições envolvidas na operação
A megaoperação conta com o apoio de diversas instituições, demonstrando o caráter multinacional da investigação. Participam da ação:
- Receita Federal
- Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional
- Secretaria Municipal da Fazenda de São Paulo
- Polícias Civil e Militar
A operação representa um dos maiores golpes já aplicados contra fraudes fiscais no setor de combustíveis no Brasil, mostrando a eficácia do trabalho conjunto entre as instituições de combate ao crime organizado.