Não é exagero dizer que o Brasil viveu, nos últimos tempos, uma verdadeira epidemia de desinformação financeira. E o alvo principal? O nosso já tão querido (e útil) PIX. Só que essa história tem um lado sombrio, muito sombrio.
O secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, soltou o verbo em uma entrevista coletiva nesta quinta-feira (28). A fala foi direta, sem rodeios: a enxurrada de fake news circulando por aí sobre uma suposta taxação do PIX não foi só bobagem de zap. Foi, na visão dele, combustível puro para o crime organizado.
O Golpe Perfeito: Medo + Desinformação
Pensa bem. Qual é a receita do bolo para um golpista dar certo? Criar pânico, gerar confusão e se aproveitar daquela correria do dia a dia que impede a gente de checar se aquela mensagem é real. Foi exatamente isso que aconteceu.
Segundo Barreirinhas, as mentiras que viralizaram – principalmente a tal história de que o governo ia começar a cobrar por cada transação via PIX – fizeram com que muitas pessoas, honestas e trabalhadoras, corressem para tirar o dinheiro das instituições financeiras. Parecia uma cena de filme, mas era a nossa realidade. E aí que mora o perigo.
"Essa campanha de desinformação... ela criou um ambiente de medo, de desconfiança nas instituições. E quem ganha com isso? Exclusivamente quem opera na ilegalidade", disparou o secretário. A fala é forte e faz a gente refletir. O caos digital é o playground perfeito para criminosos.
O Aviso da Receita: Fique Esperto!
O recado das autoridades é claro: não caia em lorota. O PIX não foi e não será taxado para pessoas físicas. Ponto final. Espalhar esse tipo de boato, mesmo sem querer, é dar uma mão enorme para quadrilhas especializadas em aplicar golpes. Eles se aproveitam do burburinho e da histeria para aplicar golpes mais sofisticados, como clonagens e desvios de grana.
Barreirinhas foi além e fez um alerta importantíssimo: a desinformação não é um jogo inofensivo. Ela tem consequências reais e muito sérias para a economia do país e para a segurança de cada cidadão. Enquanto a gente discute mentiras, bandidos de colarinho branco (e sem colarinho também) estão lá, se organizando e lucrando horrores.
E aí, ficou esperto? A dica de ouro é sempre a mesma: na dúvida, não compartilhe. Corra atrás da fonte oficial. Um minutinho checando no site do Banco Central ou da Receita pode evitar uma dor de cabeça gigante e, de quebra, não alimentar essa máquina de fazer dinheiro para o crime.
