
Um empresário foi condenado a 26 anos de prisão por envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro associado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) na região de Mogi das Cruzes, São Paulo. A decisão judicial foi divulgada nesta terça-feira (1º de julho de 2025).
Segundo as investigações, o acusado operava como "laranja" do grupo criminoso, utilizando empresas de fachada para movimentar valores ilícitos. O esquema incluía transferências bancárias suspeitas, compra de imóveis de alto padrão e investimentos em negócios aparentemente legítimos.
Operação de inteligência financeira
O caso veio à tona após uma operação conjunta entre a Polícia Civil, Ministério Público e Receita Federal, que rastreou movimentações atípicas na região:
- Mais de R$ 15 milhões em transações irregulares
- Aquisição de 8 propriedades de luxo em nome de laranjas
- Investimentos em empresas sem atividade comercial real
Punição exemplar
Além da pena principal, o juiz determinou:
- Perda de bens adquiridos com recursos ilícitos
- Multa de R$ 5 milhões
- Inabilitação para exercer atividades comerciais por 10 anos
O empresário já está preso preventivamente desde 2023 e pode recorrer da decisão em liberdade. A defesa alega "inocência e perseguição política".
Impacto no crime organizado
Especialistas em segurança pública avaliam que a condenação representa um duro golpe nas finanças do PCC na região do Alto Tietê. "Esse tipo de ação judicial desarticula a estrutura logística das facções", comentou um delegado envolvido no caso.