No coração do Rio de Janeiro, um drama silencioso afeta milhares de crianças e adolescentes que tentam exercer seu direito básico à educação. Em regiões dominadas pelo crime organizado, o simples ato de ir à escola se transforma em um desafio diário.
Barreiras invisíveis no caminho da escola
Relatos de professores e diretores revelam um cenário preocupante: estudantes precisam negociar com traficantes a permissão para circular em certas áreas, enquanto outros são obrigados a mudar de trajeto constantemente devido a confrontos entre facções rivais.
"Temos alunos que perdem semanas de aula porque seu bairro está sob 'lei do silêncio' imposta pelo tráfico", conta uma diretora de escola que preferiu não se identificar.
Impactos no aprendizado
As consequências vão além da frequência irregular:
- Queda no rendimento escolar
- Aumento da evasão
- Traumas psicológicos
- Dificuldade de concentração
O que dizem as autoridades?
A Secretaria Municipal de Educação afirma estar ciente do problema e implementa estratégias como:
- Transporte escolar alternativo
- Horários flexíveis em dias de confronto
- Aulas remotas quando necessário
- Programas de apoio psicológico
Especialistas em segurança pública alertam que a situação exige uma abordagem intersetorial, combinando políticas educacionais com ações de segurança e desenvolvimento social.
