
Era para ser um dia comum. Um feriado, sim, o Dia dos Pais, mas dentro da rotina previsível do sistema carcerário. Só que não foi. Aconteceu algo que, francamente, deixa qualquer um com a pulga atrás da orelha: um dos chefões do tráfico da Cidade de Deus, um cara condenado por crimes pesadíssimos, simplesmente… sumiu.
Ele tinha ganho o direito à saidinha, sabe? Aquela saída temporária que o sistema concede em datas especiais. A ideia é bonita no papel – ressocialização, laços familiares e tudo mais. Mas na prática, olha no que deu. O indivíduo, que respondia por associação ao tráfico e homicídio, pegou o passe livre e não voltou mais. Sumiu no mundo.
E o pior de tudo? A Defensoria Pública, que pediu o benefício, alega que cumpriu todos os trâmites legais. Dizem que a Vara de Execuções Penais (VEP) do Tribunal de Justiça do Rio foi quem deu o aval. Mas aí a gente se pergunta: cadê a análise de risco? Ninguém pensou que talvez soltar um líder criminoso não era a ideia mais brilhante do mundo?
O Sumiço e a Busca
Desde que ele não apareceu no presídio, o que aconteceu? Bem, a Justiça já emitiu um mandado de recaptura. Mas convenhamos, encontrar um cara desses, que provavelmente já estava com um plano B muito bem arquitetado, não vai ser moleza. A Polícia Civil agora corre atrás do prejuízo, tentando localizar onde ele pode ter se enfiado.
E a Defensoria? Eles soltram uma nota dizendo que "só intermediaram o pedido" e que a decisão final partiu do TJ-RJ. Soa quase como um "a culpa não é minha". Enquanto isso, a população da Cidade de Deus e arredores fica ali, naquele limbo de insegurança, vendo mais um episódio surreal se desenrolar.
O que Isso Tudo Significa?
Para além do caso específico, esse incidente joga uma luz brutal sobre as falhas do nosso sistema. Como é que um benefício desses, que deveria ser uma ferramenta de reintegração, vira uma porta giratória para a criminalidade? É de lascar, sinceramente.
A pergunta que fica, e que ninguém parece saber responder direito, é: quantos casos assim ainda vão acontecer até que alguém revise esses processos? A sensação é de que a justiça, às vezes, pisa em ovos com uma bota de caminhão.