
Era por volta das onze da manhã desta terça-feira quando a movimentação estranha em um endereço nada discreto do bairro de Pirajá, na capital baiana, chamou a atenção. A vizinhança, acostumada com um vai e vem atípico, mal sabia que aquele seria o dia do acerto de contas com a lei.
De repente, agentes da Delegacia de Repressão a Furtos, Roubos e Entorpecentes (DRFRE) fecharam o cerco. Dois homens, cujas identidades a polícia prefere manter em sigilo por enquanto, foram surpreendidos. A ação, fruto de uma investigação minuciosa que se arrastava há semanas, não deu margem para reação.
O que a polícia encontrou? Uma pistola ponto quarenta, carregada e pronta para o que desse e viesse. Não só isso: um carregador extra e nada menos que vinte e quatro munições do mesmo calibre, um verdadeiro arsenal em miniatura. Mas o estrago não parava por aí.
Além das armas, o flagra das drogas
Em meio à revista, os policiais se depararam com quarenta e uma porções de crack, meticulosamente embaladas para a venda no varejo. A cena, tristemente comum em outras ocasiões, pintava o retrato clássico do tráfico: a violência das armas a serviço do comércio da destruição.
Os dois suspeitos, é bom que se diga, não são novatos no batente. As investigações — e aqui a gente tem que confiar no trabalho de inteligência — já os vinculavam a uma organização criminosa que, veja só, agia justamente na distribuição de drogas pela região metropolitana de Salvador. A prisão em flagrante foi a cereja do bolo de um quebra-cabeça que a polícia vinha montando.
E agora? A dupla já está atrás das grades à disposição da Justiça. Eles responderão pelos crimes de tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo. Enquanto aguardam o julgamento, a DRFRE segue nas investigações. Alguém duvida que essa teia pode ser muito maior? A sensação é que essa foi apenas mais uma ponta puxada.