Parece que o crime não compensa mesmo — e os integrantes de um grupo especializado em agiotagem em Janaúba acabaram descobrindo isso da pior maneira possível. A Polícia Civil realizou uma operação que, digamos, esfriou os ânimos desses sujeitos.
Na verdade, a coisa foi séria. Durante as buscas, os policiais encontraram um verdadeiro arsenal. Estamos falando de três pistolas, sendo uma delas ponto 40 e outra 380, além de uma impressionante quantidade de 133 munições de vários calibres. Parece que eles estavam preparados para qualquer coisa, não é mesmo?
Dinheiro vivo e veículos de luxo
Mas não era só poder de fogo que esse grupo acumulava. Os investigadores também encontraram R$ 33.780 em espécie — dinheiro que, segundo as investigações, vinha diretamente dos empréstimos ilegais. E como todo bom criminoso que se preze, eles não economizavam nos luxos: duas motocicletas de alto padrão também foram apreendidas.
O que me faz pensar: será que alguém ainda acredita que dá para enriquecer rápido de forma honesta? Claramente, esse pessoal não tinha essa dúvida.
Esquema bem estruturado
As investigações começaram lá atrás, em março, e revelaram uma operação criminosa que parecia saída de um filme. O grupo atuava com empréstimos ilegais — aqueles juros absurdos que todo mundo sabe como terminam — e usava ameaças e intimidação para cobrar as dívidas.
Não era brincadeira não. Segundo os policiais, os métodos de cobrança incluíam desde pressão psicológica até ameaças mais diretas. Uma situação que deixava os devedores, literalmente, com o pé atrás.
E olha que interessante: as buscas acontecerem em três endereços diferentes na cidade, mostrando que a rede criminosa tinha certa capilaridade. Dois homens, de 26 e 36 anos, foram presos em flagrante. O terceiro, de 34 anos, recebeu voz de prisão depois que os policiais encontraram uma arma e munições na casa dele.
O que acontece agora?
Os três agora respondem pelos crimes de associação criminosa e posse ilegal de arma de fogo. E acreditem, a lista pode aumentar conforme as investigações avançam.
Para quem achava que agiotagem era um crime "menor", essa operação serve como um alerta. Quando você mistura empréstimos ilegais com armas e ameaças, o buraco é mais embaixo — muito mais embaixo.
A delegada Mariana Célia de Almeida, que coordenou a operação, foi enfática: "O combate à agiotagem é uma prioridade porque destrói famílias e alimenta outros crimes". E ela tem toda razão.
Enquanto isso, em Janaúba, a população respira um pouco mais aliviada. Pelo menos por enquanto, os agiotas da região vão ter que curtir suas férias… atrás das grades.
