
O que leva uma jovem estudante universitária, aparentemente comum, a ser acusada de crimes tão hediondos? Essa pergunta ecoa nos corredores da polícia após a prisão de uma mulher de 23 anos que, segundo as investigações, teria envenenado quatro pessoas de forma calculada.
A verdade é que a realidade às vezes supera a ficção mais sombria. A moça, cuja identidade ainda está sendo preservada, estava cursando ensino superior quando supostamente começou sua jornada mortal. E o mais perturbador: ela conhecia todas as vítimas.
Um padrão sinistro começa a emergir
As primeiras pistas surgiram quase por acaso. Dois óbitos ocorridos em São Paulo no ano passado levantaram suspeitas quando exames toxicológicos revelaram a presença de substâncias incomuns. A polícia, que inicialmente tratava os casos como mortes naturais, começou a conectar os pontos.
E que pontos assustadores! As vítimas – três mulheres e um homem entre 27 e 67 anos – apresentavam sintomas similares antes de morrer. Náuseas violentas, convulsões, uma deterioração rápida e inexplicável da saúde. Coincidência? A polícia acreditava que não.
A investigação ganha contornos nacionais
Quando o quarto caso veio à tona, desta vez no Rio de Janeiro, ficou claro que estavam diante de algo muito maior. A delegada responsável pelo caso, em entrevista coletiva, não escondeu o choque: "É raro encontrar casos de envenenamento em série no Brasil, ainda mais com esse nível de sofisticação".
Os investigadores descobriram que a suspeita tinha acesso a substâncias tóxicas através de seu curso universitário. E aqui mora um detalhe que dá arrepios: ela aparentemente administrava o veneno misturado a alimentos e bebidas durante encontros sociais.
O desfecho surpreendente
A prisão aconteceu na Zona Leste de São Paulo, num apartamento comum de classe média. Na residência, os peritos encontraram frascos com resíduos de substâncias controladas e anotações meticulosas – um diário que, segundo fontes próximas ao caso, detalharia os crimes.
O que mais impressiona os investigadores é a aparente normalidade da acusada. Vizinhos a descrevem como "uma moça quieta, estudiosa, que mal dava bom dia". Aquela velha história do lobo em pele de cordeiro, sabe?
E agora, enquanto a jovem aguarda julgamento na cadeia, resta a pergunta que não quer calar: quantas outras vítimas poderiam existir? A polícia trabalha com a possibilidade de que o número possa ser maior, já que envenenamentos muitas vezes passam despercebidos como mortes naturais.
Um caso que serve de alerta sobre como o perigo pode estar mais perto – e ser mais discreto – do que imaginamos.