A Polícia Federal deflagrou uma operação, nesta quinta-feira (4), em Belo Horizonte, Minas Gerais, para cumprir mandados de busca e apreensão contra um homem investigado por apologia ao nazismo e ameaça de massacre contra três universidades federais da Bahia. As ameaças foram enviadas por mensagens eletrônicas em março deste ano.
Conteúdo das ameaças e instituições visadas
Nas mensagens de teor criminoso, o suspeito escreveu frases como "Heil Hitler. Vou fazer um massacre aí. Viva o nazismo". As ameaças foram direcionadas à Universidade Federal da Bahia (Ufba), à Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e à Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob), esta última com campus na cidade de Barreiras, no oeste do estado.
As instituições de ensino tomaram providências imediatas ao receber as comunicações. A Ufob informou que a reitoria encaminhou as ameaças para a PF assim que as identificou. A UFRB também confirmou que repassou o caso às autoridades competentes e destacou que está envolvida na elaboração de uma estratégia conjunta para prevenir novos episódios do tipo.
Investigação da Polícia Federal
De acordo com a PF, o investigado utilizou métodos para tentar dificultar sua identificação. Os e-mails ameaçadores foram enviados de contas criadas exclusivamente para esse fim e acessadas por meio de VPN (Rede Privada Virtual). Apesar das tentativas de ocultação, os policiais federais conseguiram rastrear a origem das comunicações após diligências e análise minuciosa dos registros de conexão à internet.
A operação, batizada de "Valquíria", cumpriu dois mandados judiciais expedidos pelo Juízo da Vara Federal Cível e Criminal da Subseção Judiciária de Barreiras. O objetivo das investigações é a completa elucidação dos fatos e a responsabilização do suspeito.
Penalidades e andamento do caso
O homem investigado responde pelos crimes de apologia ao nazismo e ameaça. Caso seja condenado, ele pode enfrentar pena superior a doze anos de reclusão. As investigações continuam em andamento para apurar todos os detalhes do caso.
A UFRB afirmou que, no momento, monitora a situação junto às autoridades e não possui informações adicionais para divulgar. A reportagem tentou contato com a Ufba, mas não obteve retorno até a conclusão desta matéria.