Servidora do TJ-GO agride entregador após discussão por mensagem
Servidora do TJ-GO agride entregador em Goiânia

Servidora do Tribunal de Justiça agride entregador em Goiânia

Um entregador de aplicativo foi agredido fisicamente por uma servidora do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) na última quarta-feira (19). O conflito começou através de mensagens e escalou para violência física nas dependências do tribunal em Goiânia.

Discussão iniciou por mensagens

De acordo com o advogado Elton Araújo, que representa a vítima, o problema começou quando o entregador não conseguiu localizar a servidora para fazer a entrega. A funcionária pública não havia fornecido informações como sala, ramal ou qualquer outro detalhe que permitisse o encontro.

O trabalhador então enviou uma mensagem pedindo que ela descesse até a recepção, onde ele aguardaria para fazer a entrega. Segundo relato da defesa, "de forma grosseira, ela já começou a agredir o mesmo via mensagens" antes mesmo do encontro presencial.

Violência física é registrada em vídeo

Quando a servidora finalmente apareceu na recepção, a situação piorou rapidamente. Testemunhas e imagens que circularam nas redes sociais mostram a mulher agredindo o entregador com tapas e socos.

No vídeo, é possível ver a servidora empurrando o trabalhador, que vestia uma camisa preta de manga comprida, antes de ambos entrarem pelo portão do TJ-GO. Em determinado momento, o entregador é ouvido dizendo: "Não encosto na senhora porque sou homem", ao que a servidora responde: "Da próxima vez, você presta atenção com quem você está falando".

Repercussão e medidas tomadas

O entregador registrou um boletim de ocorrência após as agressões. O caso gerou rápida repercussão e levou a pronunciamentos oficiais.

O Tribunal de Justiça de Goiás emitiu nota informando que a servidora já foi identificada e que todas as providências administrativas foram imediatamente iniciadas para apuração rigorosa do caso. A instituição reforçou que "repudia qualquer forma de violência ou desrespeito".

O iFood também se manifestou sobre o ocorrido, afirmando que não tolera qualquer tipo de violência envolvendo entregadores e que já está em contato com o trabalhador para prestar o suporte necessário. A empresa destacou que conta com uma Política de Combate à Discriminação e à Violência e que aplica sanções que podem ir desde advertências até a desativação permanente da conta em casos de descumprimento das regras.

O advogado Elton Araújo, representante do entregador, enfatizou a gravidade do caso: "É inadmissível um trabalhador, pai de família, sair de casa para realizar o seu trabalho e ser agredido por quem deveria, na verdade, proteger as leis do nosso estado".

O g1 Goiás tentou contato com a defesa da servidora, mas não obteve resposta até a última atualização da reportagem.