
Imagine abrir a porta de um servidor público e se deparar com um verdadeiro arsenal ideológico do nazismo. Foi exatamente isso que aconteceu nesta quinta-feira em Santa Catarina, onde a Polícia Civil realizou uma operação que deixou muita gente de cabelo em pé.
O sujeito em questão — cujo nome ainda não foi divulgado — trabalhava na Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável. Ironia das grossas, não? Enquanto deveria promover o desenvolvimento para todos, mantinha em casa uma coleção que pregava exatamente o contrário.
O que a polícia encontrou
A lista de itens apreendidos é de fazer corar qualquer pessoa com mínimo de bom senso. Uniformes completos da temida SS alemã, aqueles que até hoje causam calafrios. Bandeeiras com a suástica — símbolo que virou sinônimo do mal no século XX. E não para por aí: havia também material relacionado à supremacia branca, mostrando que o problema ia além do mero "colecionismo histórico".
Os investigadores não encontraram armas, mas as ideias podem ser tão perigosas quanto balas quando colocadas em prática. E olha, a quantidade de material era significativa — nada daquela "lembrancinha" isolada.
Como a investigação começou
Tudo começou de forma quase casual, como costuma acontecer nos melhores casos policiais. A Divisão de Inteligência da Polícia Civil — gente muito esperta, diga-se de passagem — identificou conteúdos suspeitos circulando por aí. Seguiram a trilha digital e chegaram até nosso servidor.
O delegado Rafael da Silva, que coordena a investigação, foi direto ao ponto: "Estamos apurando a autoria e a materialidade do crime de apologia ao nazismo". O artigo 20 da Lei do Racismo não brinca em serviço — pode dar até cinco anos de cadeia.
O que mais preocupa — e aqui vou além do óbvio — é que estamos falando de alguém dentro do aparato estatal. Até que ponto essas ideias contaminaram seu trabalho? É o que todos queremos saber.
Reação imediata do governo
O governo catarinense não fez corpo mole. Assim que a notícia veio à tona, o servidor foi afastado preventivamente de suas funções. Na declaração oficial, falaram em "repúdio veemente a quaisquer manifestações de cunho nazista ou supremacista".
Mas convenhamos: o estrago na confiança pública já estava feito. Como confiar em instituições quando descobrimos que há quem pregue o ódio dentro delas?
Agora o caso segue nas mãos da Justiça — e também no tribunal da opinião pública, que não perdoa esse tipo de coisa. O servidor responde em liberdade, mas carrega o peso de ter suas convicções mais sombrias expostas para todo o estado ver.
Resta saber: era um colecionador solitário ou parte de algo maior? Só o desenrolar das investigações vai dizer. Mas uma coisa é certa — em Santa Catarina, o passado mais negro da humanidade encontrou um endereço surpreendente para se alojar.