
O governo do Reino Unido anunciou um plano polêmico para combater crimes sexuais violentos: a implementação de castração química compulsória para estupradores condenados. A medida, que deve ser votada no Parlamento britânico nos próximos meses, está gerando intenso debate entre juristas, médicos e defensores de direitos humanos.
Como funcionaria o tratamento
A castração química consiste na administração de medicamentos que reduzem drasticamente a libido e a capacidade de ereção. Diferentemente da castração cirúrgica, o efeito é reversível quando o tratamento é interrompido. Os condenados receberiam injeções periódicas sob supervisão médica.
Argumentos a favor
- Redução de reincidência: Estudos mostram que a taxa de reincidência cai para menos de 5% entre criminosos submetidos ao tratamento
- Proteção social: Medida visa proteger potenciais vítimas de novos crimes
- Alternativa à prisão perpétua: Poderia permitir reintegração supervisionada à sociedade
Críticas e preocupações
- Questões éticas: Especialistas alertam sobre violação de direitos humanos básicos
- Efeitos colaterais: Tratamento pode causar osteoporose, diabetes e problemas cardiovasculares
- Eficácia limitada: Não impede crimes motivados por violência e não por desejo sexual
Contexto internacional
Alguns países como Polônia, Rússia e Coreia do Sul já adotam medidas similares, com diferentes graus de compulsoriedade. Na Europa, a prática é mais comum em nações do Leste, enquanto países ocidentais geralmente optam por tratamentos voluntários.
O debate no Reino Unido ocorre em meio a crescente preocupação com crimes sexuais e pressão por medidas mais duras. Dados oficiais mostram aumento de 20% nas denúncias de estupro nos últimos três anos.