Um professor de matemática foi preso nesta quinta-feira (11) em Imperatriz, no Maranhão, suspeito de integrar um esquema de venda de vagas falsas no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a polícia, ele atuava como intermediário, cobrando valores de pacientes desesperados por atendimento médico.
As investigações começaram após denúncias de que pessoas estavam sendo enganadas com promessas de agendamentos prioritários em hospitais públicos. O suspeito, que lecionava em uma escola particular, usava sua imagem de profissional respeitado para ganhar a confiança das vítimas.
Como o golpe funcionava
De acordo com as autoridades, o modus operandi incluía:
- Contato com pacientes em filas de hospitais ou unidades de saúde
- Oferecimento de agendamentos "rápidos" mediante pagamento
- Uso de documentos falsificados do SUS
- Cobrança de valores entre R$ 200 e R$ 500 por vaga
A polícia estima que dezenas de pessoas podem ter sido vítimas do esquema, que operava há pelo menos seis meses na região.
Reação das autoridades
O secretário municipal de Saúde de Imperatriz afirmou que medidas estão sendo tomadas para reforçar os controles do sistema e evitar novos casos. Já a delegada responsável pelo caso destacou a gravidade do crime:
"Explorar a vulnerabilidade de pessoas que buscam atendimento médico é algo repugnante. Vamos investigar profundamente para identificar todos os envolvidos", declarou.
O professor foi levado para a delegacia e responderá por estelionato e falsificação de documentos. A pena para esses crimes pode chegar a 8 anos de prisão.
