Um policial civil aposentado tornou-se o principal suspeito de um assassinato que chocou a população de Palmas, no Tocantins. Dagolberto Cipriano de Sousa é acusado de esfaquear Antônio Celestino de Medeiros Neto, de 61 anos, durante uma discussão em uma distribuidora.
O crime na madrugada de 15 de novembro
O incidente ocorreu na madrugada do dia 15 de novembro em um estabelecimento comercial localizado na Arse 112, antiga 1.206 Sul. Segundo relatos, Antônio Celestino foi atingido por quatro facadas, sendo três nas costas e uma abaixo da axila.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e os bombeiros militares foram acionados, mas a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no local. As equipes médicas apenas constataram o óbito quando chegaram ao estabelecimento.
Ligação reveladora após o crime
Um dos elementos mais chocantes do caso foi a atitude do suspeito após o crime. De acordo com o boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil, Dagolberto entrou em contato com uma testemunha através de uma chamada pelo WhatsApp.
Durante a conversa, o ex-policial perguntou se a vítima havia morrido e, ao receber confirmação, afirmou: "Ainda bem que ele morreu. Homem nenhum bate na minha cara. Você sabe como é que é, né?". A declaração foi registrada no documento policial e tornou-se crucial para as investigações.
Versões e defesa do acusado
Segundo depoimentos colhidos pela polícia, momentos antes do crime, Dagolberto teria sido agredido por Antônio, ficando com um dos olhos inchados e com um corte no braço. A testemunha presente afirmou que tentou acalmar o policial aposentado, mas ele foi até seu carro e retornou com uma faca, golpeando a vítima em seguida.
O filho do suspeito também estava no local durante o ocorrido. Após o crime, ambos deixaram o estabelecimento em uma caminhonete.
O advogado Antônio Ianowich, que atua na defesa de Dagolberto, informou que seu cliente se apresentou espontaneamente em uma delegacia e está à disposição da Justiça para esclarecer qualquer questão sobre a investigação. Durante o interrogatório, o acusado optou por permanecer em silêncio.
Investigacão e situação do suspeito
O caso está sendo investigado pela 1ª Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (1ª DHPP). Apesar da gravidade do crime, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que Dagolberto responderá ao inquérito em liberdade.
Dagolberto Cipriano de Sousa era concursado pela Secretaria de Segurança Pública desde 2003 e se aposentou em junho de 2017. Conforme dados do portal da transparência, o valor bruto da aposentadoria que ele recebe é superior a R$ 21 mil mensais.
O caso continua sob investigação e novas informações devem surgir nos próximos dias conforme a polícia aprofunda as apurações sobre as circunstâncias que levaram ao trágico desfecho na distribuidora da 1.206 Sul.