
Não é todo dia que a rotina do aeroporto de Santarém vira palco de uma ação policial. Mas nesta segunda-feira (18), a cena foi diferente: um funcionário do terminal acabou algemado pelos agentes da Polícia Federal. O motivo? Dívida com a justiça — e com a própria família.
O sujeito, cujo nome não foi divulgado (afinal, a lei protege até quem não cumpre suas obrigações), estava devendo pensão alimentícia há tempos. E não foi pouco, não. Tanto que a Justiça já tinha batido o martelo, mas ele insistiu em fazer ouvidos moucos. Resultado: mandado de prisão em mãos e uma visita nada agradável da PF.
Como a coisa desandou
Detalhes do processo mostram que o cara vinha enrolando os pagamentos há meses. A ex-companheira, cansada de esperar, acionou a Justiça. E olha só — mesmo com ordem judicial, o sujeito continuou fingindo que o assunto não era com ele. Até que...
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Não adiantou trabalhar num local movimentado como o aeroporto. Os federais chegaram cedo, sem alarde, e fizeram a abordagem antes do turno dele começar. Convenhamos: deve ter sido um espetáculo constrangedor para quem passava por ali.
O que diz a lei
Pra quem acha que pensão alimentícia é "conversa fiada", aí vai um spoiler: descumprir essa obrigação dá cadeia mesmo. O artigo 19 da Lei de Alimentos (5.478/68) não brinca em serviço. E pasmem — a prisão pode durar até 90 dias, tempo suficiente para repensar as prioridades na vida.
Juristas ouvidos pelo G1 lembram que casos assim costumam ter saídas negociadas. "Bastaria regularizar os pagamentos", diz um especialista. Mas parece que nosso protagonista preferiu o caminho mais dramático.
Enquanto isso, no fórum de Santarém, a defensoria pública já se mexeu. Agora é esperar pra ver se o cara acorda pra vida ou se vai continuar bancando o durão atrás das grades. Uma coisa é certa: a PF não está pra brincadeira quando o assunto é pensão alimentícia.