Casal é preso por vender e aplicar Mounjaro em loja de celulares em Piracicaba
Operação prende casal por venda ilegal de Mounjaro em SP

Um casal suspeito de comercializar e aplicar medicamentos para emagrecimento de forma irregular, incluindo o remédio Mounjaro e a Tirzepatida, foi preso em flagrante nesta quinta-feira (4) em Piracicaba, no interior de São Paulo. A prisão ocorreu durante a Operação Agulhas Ocultas, deflagrada pela Polícia Civil. Após o pagamento de fiança, os dois foram liberados e responderão ao processo em liberdade.

Operação Agulhas Ocultas apreende medicamentos e materiais

A investigação teve início após uma denúncia encaminhada à Vigilância Sanitária sobre uma possível oferta clandestina dos produtos. Agentes da Unidade de Polícia Judiciária (UPJ) seguiram para a residência dos investigados, onde foram encontrados máquinas de cartão, celulares, tablets e, dentro dos veículos do casal, seringas e caixas de Tirzepatida.

As buscas se estenderam para uma loja de venda de celulares localizada na Rua Santa Cruz. No estabelecimento, os policiais descobriram mais unidades dos medicamentos armazenadas em uma geladeira. Nos fundos da loja, havia uma área que supostamente era usada para a aplicação dos produtos, equipada com maca, algodão e agulhas. Um caderno de anotações com registros de vendas da Tizerpatida também foi apreendido no local.

Indícios de exercício ilegal da medicina e produtos irregulares

O delegado responsável pela operação afirmou que, apesar de haver fortes indícios de exercício ilegal da medicina, não foi flagrado nenhum atendimento em andamento no momento da ação policial. No entanto, a forma de armazenamento dos remédios e, principalmente, a falta de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a atividade, configuraram os crimes de "trazer consigo" e "expor à venda" produtos de origem irregular.

Essas constatações foram suficientes para a decretação da prisão em flagrante do casal. Todos os objetos encontrados nas buscas, incluindo os medicamentos e os materiais de aplicação, foram apreendidos pela polícia para servir como prova no inquérito.

Liberdade condicional e próximos passos

Após a prisão, os dois suspeitos foram levados para a delegacia e, posteriormente, liberados após pagarem fiança. Eles agora têm o direito de responder ao processo em liberdade, aguardando as etapas seguintes da Justiça. O caso segue sob investigação para apurar a extensão da rede de venda irregular e a origem dos medicamentos apreendidos.