Uma mulher foi detida pela polícia no último fim de semana em Porto Velho, acusada de tráfico de drogas, após uma situação incomum que começou com uma forte dor abdominal. Ela havia ingerido 25 porções de cocaína acondicionadas em invólucros para transportar a droga.
Atendimento médico revela crime
A paciente procurou uma unidade de saúde na zona Leste da capital rondoniense reclamando de intensas dores, inchaço e constipação intestinal, sintomas que já persistiam há quatro dias. Enquanto aguardava por medicação para alívio da dor, a mulher desmaiou e precisou ser levada para a sala de observação.
Foi após um familiar repassar informações cruciais ao médico de plantão que a investigação clínica tomou um novo rumo. O profissional solicitou exames de imagem, e um raio-x abdominal revelou a presença de vários corpos estranhos no intestino, com formato e características compatíveis com porções de entorpecentes.
Confissão e risco à saúde
Confrontada com a evidência radiológica, a mulher não hesitou em confessar. Ela admitiu ter engolido propositalmente os 25 invólucros plásticos contendo cocaína, com o único objetivo de transportar a droga. Pelo serviço de "mula", ela revelou que receberia a quantia de R$ 5 mil.
Entretanto, a suspeita afirmou não saber a identidade de quem lhe forneceu o material ilícito nem de quem seria o destinatário final da carga. Devido ao grave risco de obstrução intestinal e intoxicação, seu quadro foi considerado de alta gravidade.
Prisão hospitalar e possível cirurgia
Diante da severidade do caso, a paciente foi transferida para o Hospital de Pronto Socorro João Paulo II, unidade de referência em Porto Velho. No local, os médicos avaliam a necessidade de internação e até mesmo de uma intervenção cirúrgica para a retirada segura do material do seu organismo.
Apesar de estar hospitalizada e sob cuidados médicos, a mulher não escapou da ação da justiça. Agentes policiais cumpriram voz de prisão em flagrante no próprio hospital. Ela responderá judicialmente pelo crime de tráfico de drogas, aguardando os procedimentos legais enquanto se recupera do risco à sua própria saúde, causado pelo método criminoso que escolheu.
