Como larvas de insetos revelam o tempo exato da morte em investigações criminais
Larvas revelam tempo exato da morte em investigações criminais

Em cenas de crime, cada detalhe pode ser crucial para desvendar mistérios. Entre as ferramentas mais fascinantes da ciência forense está a entomologia forense, que utiliza larvas de insetos para estimar com precisão o intervalo pós-morte (IPM).

Como funciona a técnica?

Quando um corpo é abandonado, ele rapidamente atrai insetos necrófagos, como moscas-varejeiras. Esses insetos depositam ovos que, em horas, eclodem em larvas. O ciclo de vida dessas larvas segue padrões biológicos previsíveis, variando conforme temperatura, umidade e outras condições ambientais.

Etapas da análise:

  1. Coleta das larvas: Peritos coletam amostras diretamente do corpo e do entorno.
  2. Identificação das espécies: Diferentes insetos colonizam cadáveres em estágios específicos de decomposição.
  3. Cálculo do IPM: Com base no estágio de desenvolvimento das larvas e em dados climáticos, os especialistas estimam há quanto tempo a morte ocorreu.

Por que essa técnica é confiável?

Insetos são os primeiros a chegar em cenas de crime e seu ciclo de vida é altamente sensível a mudanças ambientais. Em casos onde métodos tradicionais (como rigor mortis) falham, a entomologia forense oferece respostas com margens de erro mínimas.

Casos emblemáticos:

  • No Brasil, a técnica já ajudou a solucionar homicídios em áreas rurais, onde corpos ficam expostos por dias.
  • Internacionalmente, foi decisiva em investigações de serial killers, como no caso de John Wayne Gacy nos EUA.

Com avanços tecnológicos, a entomologia forense se tornou um pilar da criminalística moderna, transformando larvas em testemunhas silenciosas da justiça.