
O caso da queda do helicóptero que chocou Ribeirão Preto em 2022 segue dando o que falar - e agora ganhou mais um capítulo judicial. O Tribunal de Justiça de São Paulo simplesmente cortou pela raiz qualquer possibilidade de reabrir as investigações. E olha que isso aconteceu mesmo depois de um laudo pericial apontar que o piloto tinha vestígios de cocaína no organismo.
Parece surreal, não é? Dois homens perderam a vida naquele acidente terrível, famílias inteiras foram devastadas pelo ocorrido, e mesmo assim a Justiça decidiu manter tudo como está. O desembargador José Rui Bortoleto Junior foi taxativo: não há nenhuma irregularidade nas investigações originais que justifique mexer nesse vespeiro novamente.
O que realmente aconteceu naquele dia fatídico
Era 16 de dezembro de 2022 quando o helicóptero modelo HB350B Esquilo simplesmente caiu do céu. A aeronave, que pertencia à empresa Táxi Aéreo, vinha sobrevoando a região do Jardim João Rossi quando algo deu terrivelmente errado. Testemunhas relataram ter visto a máquina cair como uma pedra.
Dentro estavam o piloto Alexandre Alves da Silva, de 42 anos, e o empresário Ricardo Rodrigues de Oliveira, de 49. Ambos não resistiram - e a notícia correu como rastilho de pólvora pela cidade. Todo mundo queria saber: o que poderia ter causado uma tragédia dessas?
Laudo toxicológico: a bomba que veio depois
Aí, meses depois do acidente, veio a informação que mudou tudo. O Instituto-Geral de Perícias (IGP) divulgou um laudo mostrando que o piloto tinha traços de cocaína no sangue. O exame foi feito com amostras coletadas durante a autópsia - e os resultados eram claros como água.
Mas e aí? Você pensaria que isso seria motivo suficiente para revirar o caso de ponta-cabeça, certo? Pois é, a Justiça pensou diferente. Muito diferente.
Os argumentos que mantiveram o caso fechado
O desembargador Bortoleto foi na linha de que o novo laudo, por si só, não acrescenta nada de realmente novo ao que já se sabia. Ele basicamente disse: "olha, o fato do piloto ter usado cocaína não muda em nada as circunstâncias da queda".
E tem mais - segundo o tribunal, as investigações originais já foram mais do que completas. Polícia Civil, Polícia Técnico-Científica, o próprio IGP... Todos já tinham se debruçado sobre o caso até não poder mais. Reabrir agora seria tipo chutar cachorro morto - desnecessário e sem propósito.
O Ministério Público, que normalmente pede mais investigações, desta vez ficou do lado da defesa. Eles argumentaram que não havia mesmo motivo para fuçar mais no assunto. Fechou o caixão, literalmente.
E as famílias? O que ficou?
Essa decisão deixa um gosto amargo, não nego. Dois homens morreram de forma violenta, as famílias continuam de luto - e a sensação que fica é que o caso simplesmente vai ser arquivado na gaveta do esquecimento.
O piloto com cocaína no sangue é um detalhe macabro, sem dúvida. Mas a Justiça decidiu que esse detalhe não é relevante o suficiente para justificar todo o trabalho de reabrir as investigações. Polêmico? Muito. Mas é a lei sendo aplicada, pelo menos na visão do tribunal.
Resta saber se essa realmente é a última palavra sobre o assunto - ou se novas revelações podem surgir no futuro. Por enquanto, o caso da queda do helicóptero em Ribeirão Preto segue oficialmente encerrado.