Ela passou quase duas semanas trancafiada entre quatro paredes de concreto, mas agora vai trocar a cela por sua própria casa. A Justiça tocantinense decidiu pela prisão domiciliar de uma influenciadora digital acusada de promover jogos de azar ilegais e, pasmem, esconder patrimônio das autoridades.
A defesa da moça — cujo nome ainda permanece sob sigilo — comemorou a decisão como um "alívio necessário". São 12 dias que pareceram uma eternidade para quem estava acostumada com a liberdade das redes sociais.
Do digital ao penal
O caso tem tudo aqueles ingredientes que viralizam na internet: fama digital, dinheiro fácil e a queda repentina. A influenciadora, que construiu seu império online promovendo supostos cassinos virtuais, acabou descobrindo que a vida real tem regras bem mais rígidas do que o mundo virtual.
E não foi só a promoção de jogos proibidos que colocou ela na mira da Justiça. Investigadores encontraram indícios — e aqui a coisa fica ainda mais interessante — de que ela estaria ocultando bens e valores. Uma verdadeira operação de camuflagem patrimonial.
A decisão judicial
O desembargador responsável pelo caso analisou pedidos de ambos os lados antes de chegar a uma conclusão. De um lado, a defesa argumentando que a cliente não representava risco para a sociedade. Do outro, o Ministério Público alertando sobre possíveis fugas ou destruição de provas.
No final, prevaleceu o entendimento de que ela poderia responder ao processo em liberdade, ainda que vigiada. A tornozeleira eletrônica será sua nova companheira — bem menos glamourosa que os acessórios que costuma exibir nas redes, mas infinitamente melhor que as grades da prisão.
É aquela velha história: a internet dá, e a internet tira. A mesma ferramenta que construiu sua fama agora expõe sua queda. E o pior — ou melhor, dependendo do ponto de vista — é que essa trama ainda está longe do capítulo final.
Enquanto isso, ela aguarda em casa o desenrolar de um processo que pode definir não apenas seu futuro jurídico, mas todo seu destino digital. Porque convenhamos: fica difícil vender imagem de sucesso quando se está respondendo a processo por crimes financeiros.
