
Era pra ser mais um voo como qualquer outro — mala, check-in, espera. Mas o que um passageiro, cujo nome ainda não foi divulgado, carregava consigo era tudo, menos comum. Lá dentro, escondidos com uma engenhosidade que beira o absurdo, 15 quilos de maconha prensada. Sim, quinze.
A operação de rotina da Polícia Federal no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus, na tarde desta segunda-feira (26), transformou-se rapidamente em uma cena de tensão e apreensão. Durante uma abordagem aparentemente comum, algo não cheirou bem. E não, não era apenas a erva.
O que chamou a atenção? Detalhes mínimos. Um nervosismo fora do normal, talvez. Ou aquele jeito desconfiado de quem carrega um segredo pesado — literalmente. Os agentes decidiram revistar a bagagem, e eis que a surpresa: um fundo falso, tão bem feito que quase passou despercebido.
O método
Não foi uma tentativa amadora. Longe disso. A maconha estava prensada e embalada a vácuo, dividida em vários tabletes — método clássico para facilitar o transporte e dificultar a detecção. Tudo estrategicamente posicionado no compartimento secreto. Quase deu certo. Quase.
O homem, natural do Amazonas, foi levado para a sede da PF no estado. Lá, as investigações correm para desvendar a rota que a droga tomaria e se havia outros envolvidos. Afinal, quinze quilos não são transportados sozinhos só com sorte e uma mala esperta.
E agora?
Ele responderá por tráfico interestadual de drogas. A pena? Pode chegar a 15 anos de prisão. Uma viagem que começou no aeroporto e terminou atrás das grades — e tudo em um único dia.
Você imagina? Um plano minucioso, desmontado em minutos por olhos treinados. Mais uma vez, a fiscalização mostra que, por mais criativos que os traficantes sejam, a lei está sempre um passo à frente. Ou será que não? O que mais passa por nossos aeroportos sem ser notado?