
O interior catarinense ainda se recupera do choque. Aquele tipo de caso que deixa marcas profundas na comunidade – e que essa semana volta à tona com um julgamento que promete ser dramático.
Nesta terça e quarta-feira (26 e 27 de agosto), o Tribunal de Justiça de Santa Catarina realiza o júri popular de Maicon da Silva Korte. O nome pode não dizer nada agora, mas a história por trás dele é daquelas que custam acreditar.
Uma noite que terminou em tragédia
Tudo aconteceu na pacata cidade de Itapiranga, lá no extremo-oeste do estado. Era 11 de março de 2022, uma sexta-feira como qualquer outra – até deixar de ser.
Por volta das 23h30, o silêncio da noite foi quebrado por gritos e agonia. Horas depois, a descoberta macabra: Osmar Korte, de 54 anos, e sua esposa, Salete Korte, de 52, encontrados mortos a facadas dentro da própria casa.
E o mais aterrador? A principal acusação aponta para o próprio filho do casal. Maicon, então com 31 anos, teria sido o mandante do crime. Sim, você leu certo.
Os detalhes que arrepiam
Segundo a investigação – e isso é que custa a digerir – Maicon contratou dois homens para cometer o assassinato. Um deles, Adriano da Silva, já confessou participação e fez acordo de delação premiada. O outro, Éder Luis Sena Ribeiro, segue como réu.
Osmar foi atingido por 12 facadas. Salete, por 11. A cena era de horror puro, daquelas que nem os investigadores mais experientes esquecem facilmente.
O motivo? Ah, o motivo... Herança. Sempre a maldita herança. Maicon seria um dos herdeiros dos pais – e a Polícia Civil acredita que a ganância falou mais alto.
O que esperar do julgamento
O júri acontece no Fórum de São Miguel do Oeste. A promotora de Justiça Ana Paula dos Santos Korte (sem parentesco, claro) vai liderar a acusação.
Do outro lado, a defesa de Maicon – que nega tudo, naturalmente – tenta reverter um cenário que parece bastante complicado. Afinal, delação premiada costuma ser um trunfo e tanto para o Ministério Público.
O caso todo tem aquele sabor amargo de tragédia anunciada. Vizinhos disseram à polícia que a relação entre Maicon e os pais não era das melhores. Brigas por dinheiro, discussões familiares... Coisas que infelizmente acontecem em muitas famílias, mas que raramente terminam assim.
Itapiranga nunca mais foi a mesma depois daquela noite. E essa semana, o julgamento traz de volta todas as lembranças dolorosas.
O que se espera é justiça. Para Osmar e Salete, que tiveram vidas interrompidas de forma tão brutal. Para a comunidade, que precisa seguir em frente. E para que casos como esse sirvam de alerta – sobre até onde a ambição pode levar uma pessoa.