Família em MG tenta encobrir crime de adolescente: pai e irmão presos por obstruir justiça
Família tenta encobrir crime de adolescente em MG

Uma trama familiar que mais parece roteiro de filme policial está deixando a cidade de Patrocínio, no Triângulo Mineiro, em estado de choque. Acontece que um adolescente, cuja identidade obviamente não será revelada, teria cometido um assassinato — e o que veio depois foi uma tentativa desesperada, e completamente equivocada, da família em tampar o sol com a peneira.

O pai e o irmão do menor, movidos por um instinto de proteção que beira a insanidade, resolveram entrar numa fria ainda maior. Em vez de orientar o jovem a assumir suas responsabilidades, meteram os pés pelas mãos e tentaram apagar todas as evidências do crime.

As provas que não sumiram

A Polícia Civil, que não é nada boba, desconfiou da história desde o início. Os investigadores notaram inconsistências gritantes nos depoimentos — parecia que cada um contava uma versão diferente do acontecido. E sabe como é, mentira tem perna curta.

Os dois homens, identificados como José da Silva Santos (o pai) e João da Silva Santos (o irmão), foram flagrados tentando destruir provas materiais do homicídio. Estamos falando de roupas manchadas de sangue, o veículo usado no crime e até mesmo a arma do delito. Uma operação de acobertamento que, francamente, foi executada com uma incompetência impressionante.

O desfecho inevitável

Numa reviravolta que não surpreende ninguém — exceto talvez os próprios envolvidos — a justiça acabou pegando todos. O adolescente já estava sob custódia desde o início, respondendo pelo homicídio propriamente dito. Já o pai e o irmão, que achavam que sairiam ilesos, agora enfrentam acusações graves por obstrução da justiça e acobertamento de crime.

O delegado responsável pelo caso foi categórico: "Quando a família decide proteger um criminoso ao invés de entregá-lo à justiça, todos saem perdendo. O menor precisa de orientação e responsabilização, não de cúmplices".

Os dois adultos foram levados para a cadeia pública de Patrocínio, enquanto o adolescente continua nas unidades do sistema socioeducativo. Uma tragédia anunciada que destruiu uma família inteira — primeiro pelo crime original, depois pela tentativa fútil de encobri-lo.

O caso serve como alerta para uma verdade dura: tentar burlar a lei quase sempre piora a situação. E quando envolve laços familiares, o estrago emocional é incalculável.