Falsificador de atestados médicos é preso em Paulínia — veja como ele operava
Falsificador de atestados médicos preso em Paulínia

Imagine conseguir um atestado médico sem nem precisar espirrar? Pois é, esse era o "serviço" oferecido por um homem em Paulínia — até a polícia colocar um ponto final na farra. O golpe, que parecia saído de um roteiro de filme, foi descoberto após denúncias anônimas.

Não foi nada sofisticado, mas funcionava: o suspeito — que nem sequer tinha formação na área da saúde — emitia os documentos falsos por valores que variavam entre R$ 50 e R$ 200. "Era mais fácil que marcar consulta no SUS", brincou um dos investigadores, com aquele humor ácido que só policial experiente tem.

Como a fraude foi descoberta

Tudo começou quando várias empresas da região estranharam a quantidade de atestados com a mesma caligrafia duvidosa. Alguns até tinham erros crassos de português — coisa que nem um estagiário de medicina cometeria depois de uma noite virada.

  • Os documentos usavam carimbos falsos de clínicas que nem existiam
  • As assinaturas eram claramente copiadas — algumas até tremidas
  • Até diagnóstico de doenças raras apareciam nos papéis

Quando a polícia chegou ao local, encontrou uma "fábrica" caseira: computador velho, impressora jato de tinta e um estoque de carimbos que faria inveja a qualquer cartório. "Parecia mais a mesa de um colecionador do que um esquema criminoso", comentou um agente.

As consequências

Além do óbvio problema legal — afinal, falsificação de documento público é crime com pena de 2 a 6 anos — os "clientes" do falsário podem ter dor de cabeça. As empresas que receberam os atestados falsos já foram notificadas e podem tomar medidas contra os funcionários envolvidos.

E tem mais: o delegado responsável pelo caso adiantou que estão investigando possíveis ligações com outros esquemas similares na região. "Isso aqui é só a ponta do iceberg", alertou, enquanto organizava a papelada cheia de carimbos mal feitos.

Moradores da região ficaram chocados — ou pelo menos fingiram estar. "Nunca imaginei que isso acontecia aqui", disse uma senhora, enquanto outra completava: "Pelo menos era barato". A ironia, como sempre, veio à tona.