Uma mulher de 42 anos foi presa nesta quarta-feira (4) em Manaus, suspeita de aplicar um golpe envolvendo procedimentos odontológicos falsos. Identificada como Gleyza Vasconcelos de Oliveira, ela é acusada de se passar por dentista sem ter formação na área, enganando dezenas de pessoas com promessas de implantes dentários que nunca eram realizados.
Modus operandi do golpe odontológico
De acordo com o delegado Cícero Túlio, responsável pelo caso no 1º Distrito Integrado de Polícia (1º DIP), a suspeita convencia as vítimas a pagar antecipadamente pelos tratamentos. Para dar aparência de legitimidade ao golpe, ela chegava a extrair dentes das pessoas, alegando que era necessário preparar a mandíbula para a colocação dos implantes.
"Ela dizia que faria implantes dentários e, para convencer, extraía dentes sob o pretexto de preparar a mandíbula. O procedimento nunca era concluído", explicou o delegado. Pelo menos 15 vítimas já compareceram à delegacia para formalizar queixa, mas a polícia identificou cerca de 50 registros contra a mulher, todos relacionados ao mesmo tipo de crime.
Prisão preventiva e apreensões
A operação policial que resultou na prisão de Gleyza incluiu o cumprimento de um mandado de prisão preventiva e também um mandado de busca e apreensão em sua residência. Os agentes apreenderam itens que podem servir como provas no desdobramento das investigações.
O prejuízo financeiro causado pelo esquema fraudulento é estimado em mais de R$ 80 mil, valor pago antecipadamente pelas vítimas pelos supostos tratamentos que nunca se concretizaram.
Crimes imputados e situação processual
Gleyza Vasconcelos de Oliveira responderá judicialmente por uma série de crimes. As acusações formais incluem estelionato, falsidade ideológica, exercício ilegal da profissão e lesão corporal grave. Após a prisão, ela foi autuada e permanece à disposição da Justiça.
O caso chama a atenção para os riscos de procurar procedimentos médicos e odontológicos fora de estabelecimentos e profissionais devidamente registrados nos conselhos de classe. A polícia reforça a importância de sempre verificar a qualificação de quem presta serviços na área da saúde.
