
Aquele sábado parecia comum na movimentada pastelaria de Goiânia. Thiago Borges, 42 anos, sentado à mesa, mal poderia imaginar que seus últimos momentos seriam tão brutais. Dois homens chegaram de repente — e em segundos, disparos ecoaram pelo estabelecimento. O empresário não teve chance.
Mas essa história vai muito além de um simples assassinato. Acontece que Thiago estava no centro de uma teia financeira bastante complicada. A Polícia Civil já vinha de olho nele há tempos, especificamente na Operação Placebo, que investiga um rombo de impressionantes R$ 10 milhões nos cofres públicos da saúde.
Os Fios da Teia
A tal operação, deflagrada em agosto do ano passado, mirava desvios ocorridos entre 2021 e 2023. O negócio era sério: empresas de fachada, notas fiscais frias — o velho esquema de sempre, só que em grande escala. Thiago, através da empresa dele, era suspeito de ser um dos operadores-chave.
E olha só que curioso: os investigadores acreditam que o assassinato pode ter ligação direta com essas investigações. Seria uma tentativa de silenciar alguém que sabia demais? A polícia não descarta essa possibilidade, embora também esteja mirando em outras linhas de investigação.
O Que Se Sabe Até Agora
- Thiago foi executado com múltiplos tiros enquanto jantava
- Dois suspeitos foram vistos fugindo do local — até agora, nenhuma prisão
- A investigação do assassinato corre em paralelo à da Operação Placebo
- Os R$ 10 milhões desviados afetaram diretamente serviços de saúde pública
O delegado responsável pelo caso foi cauteloso ao falar com a imprensa, mas deixou escapar que "as coincidências são grandes demais para serem ignoradas". Não me surpreende — quando se mexe com tanto dinheiro, as coisas podem ficar realmente perigosas.
Enquanto a família de Thiago chora sua morte, os investigadores tentam desvendar não apenas quem puxou o gatilho, mas principalmente quem deu a ordem. Porque numa história dessas, normalmente quem manda matar está bem longe da cena do crime.
O caso segue sob sigilo, mas novas revelações prometem surgir nos próximos dias. A população, claro, fica se perguntando: quantos outros esquemas como esse ainda operam às escuras, drenando recursos que deveriam salvar vidas?