DNA identifica autor de estupro de 2015 em Palmas após 9 anos
DNA identifica autor de estupro de 2015 em Palmas

Nove anos depois, justiça é alcançada através da tecnologia

A análise de material genético permitiu a identificação do autor de um estupro cometido em março de 2015 na cidade de Palmas, capital do Tocantins. O caso, que permanecia sem solução há quase uma década, foi finalmente elucidado graças ao Banco de Perfis Genéticos mantido pela polícia.

Detalhes do crime que chocou a capital

Segundo as investigações da Polícia Civil, o crime ocorreu quando o homem invadiu a residência da vítima após forçar a janela. O criminoso anunciou um assalto, imobilizou a mulher, praticou o estupro e fugiu levando diversos itens roubados da residência.

O material biológico coletado na cena do crime foi preservado e integrado ao Banco de Perfis Genéticos, aguardando um confronto futuro que pudesse identificar o agressor.

Sistema de perfis genéticos cruza informações

A virada no caso aconteceu quando o suspeito foi preso por outros crimes e teve seu perfil genético cadastrado no sistema. O banco de dados automaticamente identificou a coincidência entre o material coletado em 2015 e o perfil do indivíduo que já se encontrava custodiado na Unidade Prisional de Cariri.

Marciley Alves Bastos, chefe do Laboratório de Genética Forense, explicou a importância do sistema: "Trata-se de um caso antigo, em que o autor ainda não havia sido identificado. O banco permitiu que o vestígio armazenado fosse confrontado com milhares de perfis até que a coincidência fosse detectada".

Após a identificação inicial, os peritos realizaram a confirmação laboratorial necessária para assegurar a precisão do resultado antes de oficializar a descoberta.

Suspeito já cumpria pena por outros crimes

O autor do estupro já estava preso anteriormente por outros crimes não relacionados, o que facilitou a coleta de seu material genético e o consequente cruzamento com evidências de casos antigos. Seu nome não foi divulgado pelas autoridades, e até o momento não há informações sobre contato com sua defesa.

O caso demonstra a efetividade do Banco de Perfis Genéticos na resolução de crimes violentos, mesmo quando decorridos vários anos entre o crime e a identificação do culpado.