Diretor do Iteracre é solto após prisão por posse ilegal de arma no AC; caso gera reviravolta judicial
Diretor do Iteracre solto após prisão por arma ilegal

Eis que o fim de semana no Acre reservava uma daquelas reviravoltas dignas de roteiro de cinema. Francisco das Chagas Silva, o homem que comanda o Iteracre - Instituto de Terras do Acre -, acabou detido no sábado (12) com uma arma que, digamos, não estava exatamente dentro da lei. Aconteceu no bairro Vila Acre, região da capital Rio Branco.

A situação toda começou quando a Polícia Militar fez uma abordagem de rotina. E não é que encontraram com o diretor uma espingarda calibre 28, dessas que não costumam aparecer no cotidiano de um gestor público? O detalhe crucial: o tal registro no Sinarm simplesmente não existia. Pronto, era o suficiente para a prisão em flagrante.

O desenrolar judicial que pegou muitos de surpresa

Mas aí vem a parte que deixou muita gente com a pulga atrás da orelha. Na audiência de custódia, o juiz Marcelo de Oliveira Campos, da 2ª Vara Criminal, simplesmente revogou a prisão. Decisão polêmica? Talvez. O magistrado entendeu que não havia riscos concretos à investigação ou à ordem pública.

O que me faz pensar: será que o cargo influenciou de alguma forma? Francisco responde por homicídio qualificado - um caso pesadíssimo - e agora essa história da arma irregular. A defesa, claro, comemorou a decisão como uma "vitória da justiça".

O que diz a lei sobre posse de armas

Para quem não sabe, andar por aí com arma sem registro é crime previsto no artigo 14 do Estatuto do Desarmamento. A pena? Pode chegar a quatro anos de detenção. Não é brincadeira. E olha que a espingarda apreendida não era qualquer uma - calibre 28, um equipamento que exige documentação em dia.

O mais curioso nessa história toda é o timing. O cara é diretor do órgão que cuida das terras no estado, responde por um crime gravíssimo, e agora aparece com uma arma irregular. Coincidência? O Ministério Público, com certeza, deve estar esfregando as mãos.

O que esperar dos próximos capítulos

Agora, Francisco está solto, mas longe de estar com a situação resolvida. O inquérito policial segue a todo vapor, e o MP já deve estar preparando seus argumentos. A pergunta que fica: essa liberdade é temporária ou veio para ficar?

Enquanto isso, a população acreana fica naquele misto de incredulidade e indignação. Um diretor de instituto público, envolvido em casos tão sérios, sendo solto tão rapidamente. Dá o que pensar sobre nosso sistema de justiça, não dá?

O caso promete render ainda muito. Com um histórico como o de Francisco, dificilmente essa será a última vez que ouviremos falar dele nos tribunais. O que vem por aí? Só o tempo - e a Justiça - dirão.