Era pra ser mais um dia comum atrás das grades, mas o que aconteceu nesta quinta-feira (29) no Conjunto Penal de Salvador vai deixar marcas. Um detento, cuja identidade ainda não foi totalmente confirmada — embora tudo indique ser um homem de 38 anos —, não resistiu após passar mal dentro da unidade prisional. Sim, mais uma vida perdida no já tão criticado sistema.
Por volta das 14h, o serviço de monitoramento foi acionado. Algo não ia bem. O homem começou a sentir fortes tonturas, seguidas de mal-estar generalizado. A equipe de plantão agiu rápido, tentou prestar os primeiros socorros. Mas, às vezes, a velocidade não é suficiente.
Ele foi levado às pressas para o Hospital da Mulher, mas, infelizmente, não resistiu. Faleceu ainda na unidade de saúde. A causa? Ainda é um ponto de interrogação. A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP) confirmou o óbito, mas evitou especulações. Disse apenas que "todos os procedimentos estão sendo adotados" e que o caso segue sob apuração.
E agora, o que diz a lei?
O corpo foi encaminhão para o Departamento de Polícia Técnica (DPT). Lá, vão tentar descobrir o que, de fato, aconteceu. Será que era um problema de saúde pré-existente? Algo que aconteceu dentro do presídio? A gente sabe que as condições dos presídios não são lá essas coisas — superlotação, falta de assistência médica decente... é uma combinação perigosa.
Ah, e não para por aí. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) e a Defensoria Pública já devem ter sido acionados. É protocolo. Afinal, uma morte sob custódia do Estado nunca é só mais uma morte. É um sinal de alerta — ou deveria ser.
Enquanto a família chora e espera por respostas, a pergunta que fica é: quantos mais precisam morrer para que a gente acorde para a realidade do nosso sistema prisional?
