Defesa tenta transferir júri de acusado por assassinato de mãe e 3 filhas em MT — saiba os detalhes
Defesa tenta mudar local do júri em caso de família assassinada

O caso que chocou Mato Grosso — um homem acusado de exterminar uma família inteira, incluindo três crianças — ganhou um novo capítulo jurídico nesta quarta-feira. A defesa, numa jogada que surpreendeu até os mais experientes no fórum, entrou com um pedido pra mudar o júri de cidade.

Motivo? Segundo os advogados, em Cuiabá — onde os crimes aconteceram — o clima tá "completamente intoxicado" contra o réu. "Tem reportagem todo dia, comentário de rede social, até pixação nas paredes", argumentaram, soltando frases de efeito sobre "direito a julgamento justo".

O que diz a lei?

Pra quem não é do Direito, a coisa parece simples: matou, vai ser julgado onde matou. Mas não é bem assim. Existe um artigo (nº 427 do CPP) que permite essa mudança — desde que fique provado que o réu não teria chance real de defesa no local original.

E aqui vem o pulo do gato: "Já houve casos assim antes?" Claro que sim. Em 2019, um júri famoso de Goiás foi transferido pra Brasília depois que vazou até fake news ameaçando os jurados.

E agora?

O Tribunal de Justiça ainda não se manifestou. Enquanto isso:

  • A promotoria já deu parecer contra — chamou o pedido de "tática protelatória"
  • Familiares das vítimas tão em choque: "Isso é desrespeito com a memória delas", disse um tio, com a voz embargada
  • Nas ruas da capital, o assunto domina os botecos: "Muda pra onde? Pra lua?", ironizou um motorista de aplicativo

Pra piorar, tem um detalhe técnico que pode virar chave: o pedido chegou depois do prazo legal. A defesa — esperta — alega "fato novo" (essa tal comoção pública que teria aumentado). Será que cola?