O caso do contador que movimentou quase R$ 20 milhões no esquema da Buzeira ganhou um novo capítulo — e dessa vez, o drama familiar entra em cena. A defesa do profissional, cujo nome ainda permanece sob sigilo, fez um apelo emocionado por prisão domiciliar. O motivo? Os filhos.
Segundo os advogados, as crianças já estariam sofrendo nas mãos dos coleguinhas de escola. "O bullying é uma realidade cruel", argumentam, destacando que a situação só pioraria com o pai atrás das grades. Uma jogada que mistura direito penal com drama familiar — coisa que, convenhamos, não se vê todo dia.
Os números que assustam
R$ 19 milhões. É dinheiro que não cabe no bolso, e muito menos na explicação do contador. O esquema, que envolvia a influencer Buzeira, foi desmontado pela Operação Botoque — aquela mesma que já deu o que falar nos últimos meses.
O Ministério Público não está nada convencido com o apelo familiar. Para os promotores, o risco de fuga é real demais para considerar a prisão domiciliar. E olha que o contador já está no regime semiaberto, então a discussão é sobre onde ele vai cumprir o resto da pena.
Entre a cela e o quarto das crianças
O que pesa mais: o impacto emocional nas crianças ou a gravidade de movimentar milhões em esquemas ilegais? A pergunta, dura como ela só, é o centro do debate judicial.
Os advogados insistem — a família já está pagando um preço alto demais. "São situações que marcam para a vida toda", defendem, pintando um quadro onde as consequências do crime ultrapassam as barras do tribunal e invadem o pátio da escola.
Do outro lado, o MP mantém a postura dura. O crime é grave, o montante é estratosférico, e as regras são claras. O que prevalece nesses casos, afinal? A lei pura e simples ou as circunstâncias humanas que a envolvem?
Enquanto isso, o contador aguarda — e seus filhos também. O caso, que já era complexo por si só, ganhou uma camada extra de drama que promete render ainda muitas páginas nos autos.
