
A coisa toda começou a desmoronar numa quinta-feira comum, dessas que ninguém espera que termine com duas vidas perdidas e uma fuga desesperada. E pensar que tudo aconteceu por causa de uma discussão besta sobre um terreno — mas daí pra frente a violência só escalou de um jeito que até quem é do crime acha difícil de engolir.
Dois corpos. Dois crimes que parecem saídos de um filme de terror. Primeiro foi o vizinho, um cara de 54 anos que teve a infelicidade de brigar com as pessoas erradas. O que era pra ser só uma discussão sobre limites de propriedade virou uma cena de horror: o homem foi morto e depois esquartejado, com pedaços do corpo sendo encontrados em diferentes pontos da cidade.
Fuga para o Amazonas não adiantou
Mas os suspeitos — um casal que já tinha histórico com a lei — não pararam por aí. Quatro dias depois do primeiro crime, eles foram atrás da locadora de imóveis que estava cuidando justamente da propriedade que tinha gerado a briga inicial. Chegaram armados e, sem muita conversa, executaram a mulher a tiros.
Não deu outra: assim que a polícia começou a fechar o cerco, o casal botou o pé na estrada e cruzou a fronteira do estado, achando que no Amazonas estariam seguros. Que engano! A Polícia Civil de Rondônia não deu moleza e, trabalhando em conjunto com as forças do Amazonas, localizou os dois em Parintins.
"A gente sabia que eles tinham ido pra lá por causa de contatos que ainda mantinham na região", contou um delegado que preferiu não se identificar. "Mas a fuga deles foi tão desorganizada que deixou rastros óbvios — quase como se quisessem ser pegos."
Crueldade que chocou até investigadores experientes
O que mais impressionou os investigadores — e olha que esses caras já viram de tudo — foi o nível de frieza. "Não foi crime passional, não foi no calor do momento", refletiu um perito criminal. "O esquartejar o corpo do vizinho demonstra uma crueldade que vai além do normal, um desprezo total pela vida humana."
E o pior: tudo indica que o casal agiu junto nos dois crimes. Não era um liderando e outro seguindo — os dois pareciam igualmente envolvidos na violência. Isso, pra mim, é o que mais assusta: quando a maldade encontra cumplicidade.
Agora os dois vão responder pelos crimes em Rondônia. A justiça já deu o aval pra transferência deles de volta pra Porto Velho, onde a população ainda tenta entender como vizinhos aparentemente normais poderiam cometer atrocidades tão brutais.
Enquanto isso, duas famílias choram seus mortos — e uma cidade inteira se pergunta quantos monstros andam disfarçados de gente comum por aí.