
Era uma terça-feira comum em São Paulo, dessas que começam com trânsito e café forte, quando a notícia chegou como um soco no estômago. José Eduardo Almeida, advogado que fez história nos tribunais brasileiros — principalmente naquele processo do Mensalão que abalou o país — foi encontrado morto em sua casa. E olha que o detalhe é dos mais sinistros: traumatismo craniano.
Parece filme, mas é a pura realidade. O cara tinha 56 anos, uma carreira sólida, e de repente... isso. A empregada doméstica que chegou para trabalhar na terça (23 de maio, pra ser exato) deparou-se com a cena. Imagina o susto? A mulher ligou na hora para o Samu, mas quando a equipe médica chegou, só constatou o óbito. Fato consumado.
Um caso que já nasce cheio de interrogações
A Polícia Civil, é claro, abriu investigação. E não é qualquer delegacia não — estamos falando do 1º DP, que fica ali no Centro velho de São Paulo. Eles trataram o caso como "morte a esclarecer", que é aquele jeito técnico de dizer "tem coisa estranha aqui".
O IML já fez o trabalho de casa e confirmou: traumatismo craniano mesmo. Agora, o que ninguém sabe ainda — e é aqui que a coisa fica interessante — é como ele chegou nessa situação. Acidente? Doença? Algo mais... proposital? A polícia está colhendo depoimentos, analisando as câmeras do prédio, vasculhando a vida do advogado. O trabalho de detetive de verdade.
O fantasma do Mensalão
Quem acompanhou o noticiário político nos anos 2000 lembra bem. O Mensalão foi aquele escândalo que praticamente parou o Brasil, com acusações que iam do Planalto aos tribunais. José Eduardo não era figurante — ele atuou na defesa de ninguém menos que José Dirceu, um dos nomes centrais daquele imbróglio.
E sabe como é o mundo jurídico — cheio de rivalidades, mágoas antigas, interesses cruzados. Será que o passado voltou para assombrar o advogado? Difícil dizer, mas é impossível ignorar a coincidência. Ou será que foi só coincidência mesmo?
O corpo já foi liberado para a família, que agora enfrenta o luto e as dúvidas. Velório marcado, flores chegando, mas a pergunta que não quer calar: o que realmente aconteceu com José Eduardo Almeida?
A verdade — seja ela qual for — ainda está por aí, esperando para ser encontrada. E enquanto isso, São Paulo segue sua vida acelerada, quase sem notar que um pedaço da história recente do país se foi de maneira tão abrupta e misteriosa.