
Ela parecia a pessoa perfeita para um encontro romântico — pelo menos era essa a imagem que passava nos aplicativos. Mas o que começava como uma noite promissora terminava com as vítimas acordando sozinhas, grogues e com pertences valiosos sumidos. A tática é antiga, mas ganhou nova roupagem no mundo digital.
A Polícia Civil do Rio acabou de prender uma mulher de 28 anos que, segundo as investigações, especializou-se nesse tipo de golpe. O modus operandi? Bem, ela marcava encontros através de apps de relacionamento, conhecia as vítimas em bares ou restaurantes da Zona Sul carioca e, em algum momento da noite, aplicava um sedativo nas bebidas.
O despertar amargo
Imagina acordar com a cabeça latejando, o quarto de hotel vazio e perceber que sua carteira, celular e até mesmo o relógio sumiram. Foi exatamente isso que aconteceu com pelo menos duas vítimas que tiveram coragem de registrar ocorrência. Uma delas acordou tão desorientada que precisou de ajuda médica.
Os investigadores conseguiram rastrear transações bancárias feitas com os cartões roubados — e todas apontavam para a mesma pessoa. As câmeras de segurança dos estabelecimentos confirmaram: era sempre a mesma mulher acompanhando as vítimas.
Da ficção para a realidade
O que me impressiona é como esse golpe, que já virou até tema de filme, continua funcionando. A gente sempre acha que nunca vai acontecer conosco, até que acontece. A presa, que agora responde por roubo qualificado e posse de drogas para fins não medicinais, estava com uma quantidade considerável do sedativo quando foi detida.
O delegado responsável pelo caso foi direto ao ponto: "Ela aproveitava a vulnerabilidade emocional das vítimas, que buscavam relacionamentos, para aplicar o golpe. É uma crueldade que vai além do prejuízo material".
Alerta geral
A polícia acredita que pode haver mais vítimas — muitas nem sequer perceberam que foram drogadas, atribuindo o mal-estar ao excesso de bebida. Se você passou por situação parecida recentemente no Rio, vale a pena checar seus pertences e, se necessário, procurar uma delegacia.
E fica o alerta: encontros marcados pela internet exigem cautela redobrada. Às vezes, o perigo não está onde imaginamos, mas sim naquelas pessoas que parecem perfeitas demais para ser verdade.