Metanol em Bebida Alcoólica: Nível 300 Vezes Acima do Limite Causa Intoxicação em PE
Metanol 300x acima do limite intoxicou homens em PE

O caso que chocou Pernambuco nas últimas semanas ganhou contornos ainda mais assustadores. A tal bebida que deixou vários homens intoxicados — alguns em estado gravíssimo — não era apenas "forte" ou "de má qualidade". Era, na verdade, um coquetel envenenado.

O laudo pericial, concluído nesta segunda-feira, escancara números que beiram o inacreditável: a concentração de metanol encontrada na bebida artesanal era de 300 vezes — sim, trezentas vezes! — acima do limite considerado seguro pela legislação brasileira. Um verdadeiro crime contra a saúde pública.

Os números que assustam

Quando os primeiros casos começaram a aparecer nos hospitais da região, com homens reclamando de tonturas, vômitos e até perda de visão, já dava para sentir que a coisa era séria. Mas ninguém imaginava que fosse tão grave.

O metanol, para quem não sabe, é aquela substância que pode cegar — ou pior — quando consumida em quantidades perigosas. E estamos falando de uma concentração que beira o absurdo. O limite máximo permitido pela Anvisa é de 0,5% do volume total da bebida. A que foi apreendida e analisada pelos peritos? Chegava a 150%.

Um perigo que circulava livremente

O que mais preocupa nessa história toda é pensar que essa bebida estava circulando por aí, sendo vendida como se fosse algo normal. Gente trabalhando, sustentando família, se reunindo com amigos — e sem saber que estava consumindo um veneno disfarçado de bebida alcoólica.

Os homens intoxicados — alguns ainda internados — tiveram a sorte de sobreviver. Outros, infelizmente, podem carregar sequelas para o resto da vida. E pensar que tudo isso poderia ter sido evitado...

O que dizem as autoridades

A Polícia Civil já abriu investigação para apurar toda a cadeia de produção e distribuição dessa bebida mortal. O delegado responsável pelo caso foi enfático: "Estamos diante de um crime gravíssimo, que colocou em risco a vida de dezenas de pessoas".

Enquanto isso, a Vigilância Sanitária intensificou a fiscalização em estabelecimentos que comercializam bebidas artesanais na região. O alerta está dado: consumir bebidas de origem duvidosa pode ser mais perigoso do que se imagina.

Resta agora torcer para que os responsáveis sejam identificados e punidos — e que casos como esse sirvam de alerta para quem acha que vender qualquer coisa, sem cuidado com a saúde dos outros, é aceitável.