O Maior Furto de Livros da Europa Pós-Guerra: O Assalto que Chocou o Mundo Literário
Maior furto de livros raros na Europa pós-guerra

Imagine entrar numa das bibliotecas mais seguras do planeta e sair carregando uma fortuna em papel. Pois é exatamente isso que um ladrão — ou talvez vários — conseguiu fazer no coração de Londres, no que especialistas já chamam de o maior furto de livros na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

Não foi um crime qualquer. Foi um golpe meticuloso, quase cinematográfico, que levou obras valiosíssimas de um depósito subterrâneo da empresa Mommouth Street Rare Books. Detalhe: o local é fortemente monitorado. Ou deveria ser.

O que sumiu? Só o que havia de mais precioso

Entre os itens levados, estavam verdadeiras joias bibliográficas. Edições raríssimas de autores como Shakespeare, Isaac Newton e até mesmo uma primeira edição de Dom Quixote — sim, aquela que todo colecionador sonha em ter na estante.

  • Obras de astronomia do século XVI
  • Manuscritos medievais iluminados
  • Livros de ciências naturais com ilustrações originais
  • Edições limitadas assinadas por autores clássicos

O valor total? Algo em torno de £2.5 milhões — uma quantia que faz até o mais experiente dos colecionadores suspirar de incredulidade.

Como foi o crime? Quase perfeito

Aqui é que a coisa fica ainda mais intrigante. Não houve arrombamento violento, nem alarmes disparados a noite toda. O criminoso — porque tudo indica que agiu sozinho — usou de paciência e conhecimento técnico para burlar a segurança.

Parece que ele estudou o local, conhecia os horários de movimento e, pasmem, até sabia onde estavam as câmeras de segurança. Desligou sistemas, moveu-se como sombra e sumiu com o tesouro sem deixar quase nenhum rastro.

— É assustadoramente profissional — comentou um perista que prefere não se identificar. — Alguém com muito conhecimento do mercado e das técnicas de segurança.

E agora? O mercado negro está em polvorosa

Livros raros não são como quadros famosos. Todo mundo reconhece uma Mona Lisa, mas quantas pessoas saberiam identificar uma primeira edição de Newton? É aí que mora o perigo.

Especialistas temem que essas obras sejam vendidas no mercado clandestino para colecionadores inescrupulosos — ou pior: que sejam desmembradas para venda individual de ilustrações ou páginas.

— É uma perda cultural irreparável — diz Maria Lúcia, especialista em literatura antiga. — Cada uma dessas obras conta uma parte da nossa história.

Interpol e polícias europeias já foram acionadas. Galerias e leiloeiras receberam alertas globais. Mas, entre nós? Quem rouba algo assim não é amador. Sabe exatamente como e para quem vender.

Um crime de oportunidade? Não mesmo

Tudo indica que foi um trabalho encomendado. Alguém sabia exatamente o que queria e contratou profissionais para executar o serviço. É como um filme de heist, só que real — e com livros como protagonistas.

O que vocês acham? Alguém vai tentar vender isso na dark web? Vão esperar anos até a poeira baixar? Uma coisa é certa: o mundo dos livros raros nunca mais será o mesmo.

E eu, aqui, me perguntando: será que o ladrão pelo menos gosta de ler? Porque carregar tanto livro sem curtir uma boa leitura deve ser um peso na alma — além de nas costas.