
Imagina a cena: um cara, encurralado e com o coração batendo mais rápido que tambor em desfile, sem outra saída a não ser... o esgoto. Pois é. Aconteceu em Pato Branco, no Paraná, e não é roteiro de filme B não. Na tarde de terça-feira (19), uma discussão besta — daquelas que começam com um olhar torto — descambou para uma violência de arrepiar.
Não deu outra. De repente, o que era uma conversa acalorada virou um quebra-pau generalizado. E no meio do tiroteio de socos e pontapés, um dos envolvidos, vendo que a coisa ia ficar feia de verdade, tomou a decisão mais radical — e nojenta — possível.
A decisão: melhor sujo que hospitalizado
Sem tempo para pensar, ele levantou a tampa de um bueiro e se enfiou naquela escuridão úmida e fétida. Desceu. Sumiu. Lá embaixo, naquela rede subterrânea que a gente nem quer lembrar que existe, ele ficou. Quietinho. Ouvindo os gritos e a confusão lá de cima, com a roupa encharcada do que nem queremos imaginar.
Quando a polícia chegou, atraída pelos gritos de moradores assustados, a surpresa foi geral. Nada de brigantes. Só uma tampa de bueiro levemente deslocada. Os PMs pensaram: "Dessa vez o cara fugiu mesmo pelo ralo". E não é que foi isso mesmo?
O resgate: uma cena pra ninguém botar defeito
p>Os bombeiros foram acionados. Chegaram com escadas, cordas, e uma cara de "é sério isso?". Baixaram uma escada naquele buraco estreito e escuro e lá estava ele, todo encolhido, ileso mas... bem, você já sabe. O cheiro, diz quem estava lá, era de batalha perdida.Ele saiu cambaleando, ofegante, mas vivo. Muito assustado e claramente traumatizado, mas inteiro. Foi levado para o hospital pra uns exames de rotina — e, imagino, um banho daqueles de lascar.
O que ninguém sabe direito é o que começou a briga. Um disse que foi discussão de trânsito, outro falou em dívida, tem quem diga que foi ciúmes. O fato é que a discussão escalou rápido, e o instinto de sobrevivência falou mais alto. Muito mais alto.
E os outros envolvidos? Sumiram. Espalharam-se que nem baratas quando a luz acende. A polícia agora corre atrás de pistas e de testemunhas — que, convenhamos, não devem ser tão difíceis de achar, considerando o espetáculo gratuito que foi oferecido à população.
No fim das contas, a história serve como um lembrete bizarro — e um tanto nojento — das coisas que a gente é capaz de fazer quando o medo aperta. E também de que, às vezes, a salvação pode estar literalmente debaixo dos nossos pés. Por mais suja que ela seja.