
Parece coisa de filme, mas aconteceu de verdade aqui mesmo, no coração de Minas Gerais. A Polícia Civil de Divinópolis prendeu em flagrante uma verdadeira quadrilha especializada em aplicar golpes em lojas de produtos infantis. E o mais chocante: entre os criminosos estava uma mulher grávida de seis meses.
O esquema era tão bem armado que dava até raiva de tão engenhoso. A gangue chegava nas lojas com produtos que haviam sido comprados dias antes — roupinhas, calçados, acessórios para bebês — e pedia a devolução do valor. Só que tinha um pequeno detalhe: as etiquetas originais eram substituídas por outras de valores bem mais altos.
Como o golpe funcionava na prática
Imagina a cena: chegam na loja como clientes normais, todo mundo simpático, a grávida dando aquele ar de inocência... Mas nos bastidores, a operação era minuciosamente planejada. Eles compravam produtos baratos, trocavam as etiquetas por outras de itens caríssimos, e voltavam para "devolver" as mercadorias.
- Primeiro, faziam compras legítimas de itens de baixo valor
- Depois, substituíam as etiquetas de forma profissional
- Retornavam às lojas solicitando reembolso total
- Aproveitavam-se da agitação do comércio para passar despercebidos
O pior de tudo é que funcionava! Várias lojas caíram no conto do vigário antes que a polícia conseguisse desmontar a operação.
A queda da quadrilha
Na última terça-feira, a sorte — ou melhor, a justiça — finalmente virou. Durante uma ação de monitoramento, os policiais flagraram o grupo em plena atividade criminosa. Foi um daqueles momentos em que a realidade supera a ficção: a grávida e seus dois comparsas foram detidos com as "provas" nas mãos, literalmente.
Os investigadores encontraram com os suspeitos diversos produtos infantis com etiquetas adulteradas, além de recibos falsos e até uma prancheta para facilitar a troca das etiquetas no próprio estacionamento do shopping. Que ousadia, não?
O delegado responsável pelo caso não escondeu a satisfação: "Estamos falando de um prejuízo considerável para o comércio local. Esses criminosos se aproveitavam da confiança dos lojistas e da correria do dia a dia para aplicar seus golpes."
O que acontece agora?
A grávida, mesmo na condição especial, foi levada para a cadeia pública. A lei é clara: gravidez não é salvo-conduto para crime. Seus comparsas também estão atrás das grades, respondendo pelos mesmos crimes.
O que me deixa pensando: até que ponto as pessoas estão dispostas a ir por um dinheiro fácil? Usar uma gestação como fachada para golpes... é de cair o queixo da cadeira.
O caso serve de alerta para outros comerciantes da região. A polícia acredita que a quadrilha possa ter agido em outras cidades do centro-oeste mineiro. Quem tiver informações ou suspeitas de atividades similares, não hesite em procurar as autoridades.