
Era uma terça-feira comum em Monte Alto, até que a rotina de uma distribuidora de bebidas foi interrompida por uma visita inesperada — e totalmente falsa. Um sujeito, com uma lábia bem ensaiada, chegou se fazendo passar por fiscal da Vigilância Sanitária. A conversa mole veio primeiro, mas o objetivo era claro desde o início.
O que esse "fiscal" de araque não contava era com a desconfiança do dono do estabelecimento. Algo não batia. A postura, os papéis — ou a falta deles —, tudo parecia meio fora do lugar. E de fato estava.
A Investida do Golpista
Depois de uma rápida encenação de vistoria, o homem partiu para o que realmente interessava: o bolso do comerciante. Ele não foi muito criativo, vamos combinar. Pediu simplesmente mil reais — em dinheiro vivo — para, vejam só, "não encontrar irregularidades" durante a suposta fiscalização.
Parece piada, mas tem gente que ainda cai nesse tipo de lorota. Sorte que nesse caso o comerciante era esperto o suficiente para não engolir essa história.
A Reação do Dono
O proprietário da distribuidora, em vez de entrar no jogo do golpista, decidiu jogar pelo time da lei. Enquanto mantinha o sujeito entretido, discretamente acionou a Polícia Militar. Uma jogada inteligente, diga-se de passagem.
Quando os policiais chegaram, o "fiscal" deve ter sentido o chão sumir debaixo dos pés. Foi detido no local mesmo, sem direito a rodeios. Agora responde por estelionato — e olha que a pena para esse crime não é das mais leves.
O Que Diz a Lei
Estelionato, conforme o Código Penal, pode render de 1 a 5 anos de cadeia, mais multa. E convenhamos: se passar por funcionário público para aplicar golpe não é exatamente um atenuante.
O caso serve de alerta para outros comerciantes da região. Esses golpistas andam circulando por aí, se aproveitando da boa fé das pessoas. Melhor desconfiar sempre que alguém chegar pedindo dinheiro para "resolver" problemas que nem existem.
A Delegacia de Monte Alto assumiu as investigações e busca saber se o mesmo indivíduo já aplicou golpes similares em outras cidades da região. Quem tiver informações pode — e deve — entrar em contato.