
Era supostamente um galpão comum, mas escondia um negócio gelado – e totalmente irregular. A Polícia Civil de Itatiba, no interior de São Paulo, acaba de desmantelar uma fábrica clandestina de gelo que funcionava longe dos olhos da lei. A descoberta, fruto de uma investigação minuciosa, aconteceu na última segunda-feira (25) e mostrou que o local não era apenas ilegal: servia também como depósito para uma série de aparelhos eletrônicos furtados.
Imagina só a cena: um imóvel comercial, aparentemente normal, mas por dentro... um verdadeiro quebra-gelo. Literalmente. Lá dentro, os agentes se depararam com uma estrutura completa de produção, com máquinas industriais ligadas na tomada, funcionando a pleno vapor – ou melhor, a pleno gelo – sem qualquer tipo de autorização sanitária ou alvará. Uma operação de alto risco, que poderia colocar a saúde de muita gente em jogo.
Mas a surpresa não parou por aí. Ao vasculharem o local, os policiais encontraram algo que não estava no script: diversos equipamentos que haviam sido roubados recentemente de outras empresas da região. TVs, caixas de som, até mesmo um notebook – tudo escondido entre as pilhas de sacos de gelo prontos para distribuição. Parece coisa de filme, mas é a pura realidade.
Um homem, de 38 anos, foi preso em flagrante no local. Ele agora responde por crime ambiental – por operar sem licença – e também por receptação de produtos fruto de furto. A operação foi um sucesso e mostrou como a polícia está atenta a esses esquemas que misturam ilegalidade e perigo público.
O caso serve de alerta. Quem diria que uma fábrica de gelo, algo aparentemente tão simples, poderia esconder tantas camadas de irregularidade? A investigação continua, e novas apreensões não estão descartadas. Itatiba, que sempre foi tranquila, mostra que mesmo nas cidades do interior a vigilância precisa ser constante.