Imagine a cena: um drone zumbindo silenciosamente no céu noturno, carregando um smartphone como se fosse uma pequena carga preciosa. Seu destino? O interior do presídio de Rondonópolis, em Mato Grosso. Mas o plano — que parecia saído de um filme de espionagem amador — deu terrivelmente errado.
Numa reviravolta que beira o cômico, se não fosse trágico para os envolvidos, o aparelho simplesmente... enroscou. Na rede elétrica. Exatamente! A tal engenhoca moderna ficou presa nos fios de energia que cercam o complexo prisional.
E não foi por falta de aviso. A região é repleta de placas alertando sobre o perigo de drones nas proximidades. Mas, claro, quem quer que estivesse pilotando a coisa preferiu ignorar — e acabou com um equipamento inutilizável pendurado como troféu da incompetência alheia.
O que aconteceu exatamente?
Segundo as autoridades, o drone foi avistado ainda tentando manobrar por cima dos muros quando se enganchou. O smartphone, preso firmemente, tornou-se basicamente um penduricalho high-tech. A energia, felizmente, não foi interrompida — mas a operação de resgate do artefato foi necessária para evitar riscos.
Não é a primeira vez que algo do tipo acontece por lá. Só neste ano, já foram seis tentativas de usar drones para contrabandear itens ilegais. Seis! E todas falharam miseravelmente. Será que os criminosos não aprendem?
E agora?
O aparelho foi apreendido e vai ser periciado. A Susepe (Superintendência do Sistema Penitenciário) já abriu investigação para tentar identificar de onde veio o drone e — quem sabe — encontrar seus operadores.
Enquanto isso, o smartphone balançou pendurado por horas, inútil, incapaz de cumprir sua missão clandestina. Quase poético, não? Uma metáfora tecnológica do fracasso.
Moradores da região andam impressionados com a audácia — e a burrice. "É um risco pra todo mundo", comentou um vizinho que preferiu não se identificar. "Além de crime, ainda ameaça a rede de energia."
