Imagine a cena: música alta, gente animada, aquele clima de festa que prometia durar até o amanhecer. Eis que, do nada, uma discussão besta — dessas que a gente nem imagina que vai dar em algo sério — vira o palco de uma agressão brutal. Tudo por causa de uma dívida de R$ 120. Sim, cento e vinte reais.
O caso aconteceu em Indaial, Santa Catarina, e mexe com aquele sentimento de que violência, às vezes, brota de onde menos se espera. Dois homens, que minutos antes compartilhavam o mesmo espaço numa boa, se estranharam por conta do valor relativo ao aluguel de um narguilé. Um narguilé! Coisa de festa, de momento descontraído, que virou motivo para sangue e cadeia.
A vítima, um jovem de 22 anos, levou uma facada no peito. Na hora, o pânico tomou conta. Gritos, correria, a festa que se transformou num pesadelo. Ele foi socorrido — ainda bem — e passou por cirurgia. Está estável, mas assustado, com aquele susto que demora a sair da memória.
O agressor, por sua vez, também um homem jovem, de 23 anos, foi preso em flagrante. A polícia chegou rápido, contendo a situação antes que piorasse ainda mais. Agora, ele responde por tentativa de homicídio. Tudo porque não conteve a raiva numa discussão que, convenhamos, não valia nem um décimo do estrago causado.
O que levou a coisa a ficar tão feia?
Parece clichê, mas é aquela história: bebida, calor do momento, orgulho ferido. Uma combinação perigosíssima. Testemunhas disseram que a discussão foi rápida, mas intensa — daquelas que escalam em segundos. Ninguém esperava, claro. Em festa, a gente acha que briga de bar acaba em xingamento e olhares atravessados, não numa facada.
E olha, não é a primeira vez que coisa do tipo acontece por aqui. Às vezes a gente subestima como conflitos bobos podem virar tragédia. R$ 120, gente. Quase o preço de um jantar fora, duas entradas de cinema… Uma mixaria perto de uma vida — seja a da vítima, que se feriu, ou a do agressor, que agora pode perder anos atrás das grades.
A ocorrência foi registrada como tentativa de homicídio, e o agressor já está à disposição da Justiça. Enquanto isso, a vítima se recupera — com sorte, só vai ficar a cicatriz no corpo. Na alma, é outra história.
É daquelas notícias que faz a gente pensar: valeu mesmo a pena? Brigar por dinheiro, por orgulho, por algo que — no fim das contas — não significa nada perto do valor de uma vida? Difícil entender. Mas é a realidade, e ela dói.
