Era para ser mais um dia comum no litoral paulista, mas o que encontraram dentro daquele carro estacionado na Avenida Senador Feijó, em São Vicente, era tudo menos normal. Um homem, ainda jovem—39 anos—estava ali, sem vida. E no bolso? Pacotes de cocaína. A descoberta, feita por populares por volta das 7h desta segunda-feira (25), acionou imediatamente a Polícia Militar.
A cena era de cortar o coração—e de levantar suspeitas. A vítima, identificada como Yosvany Carralero Espinosa, era cubana. O que teria trazido um homem de tão longe para terminar seus dias assim, sozinho dentro de um carro, na orla de uma cidade praiana?
A Polícia Civil já assumiu as investigações, e o caso agora é tratado como morte suspeita. Não à toa. A presença da droga no bolso do cubano muda tudo. Seria um overdose? Um acidente trágico? Ou algo mais sombrio—envolvendo talvez dívidas, tráfico, ou violência?
Os detalhes que ninguém conta
Nada de documentos. Nada de celular. Apenha a identidade estrangeira e os pacotes de cocaína. Parece roteiro de filme policial, mas é a vida real—dura, imprevisível. O IML já removeu o corpo, e agora peritos e delegados tentam reconstruir os últimos passos de Yosvany.
Testemunhas não viram nada—ou não querem falar. É assim nessas horas. O silêncio às vezes fala mais alto. Será que ele estava sozinho? Alguém fugiu do local antes da chegada da PM? Perguntas que, por enquanto, ficam no ar.
Um estrangeiro longe de casa
Imigrante. Cubano. Sozinho. Cada palavra pesa. A comunidade cubana no Brasil não é pequena, mas muitos vivem à margem—invisíveis até que uma tragédia acontece. Será que Yosvany tinha família aqui? Alguém esperava por ele? Ninguém sabe.
O Consulado de Cuba já foi comunicado, claro. Mas enquanto isso, a pergunta que não quer calar: o que realmente aconteceu naquela madrugada em São Vicente?
O litoral de SP, conhecido pelo turismo e pelo movimento, esconde também seus dramas. E este—com drogas, uma morte prematura e um nome estrangeiro—é mais um daqueles casos que deixam a gente pensando... no que está por trás das aparências.
