Imagina só: você está prestes a embarcar em um voo doméstico, achando que ninguém vai desconfiar de nada. Mas aí a sorte – ou a falta dela – prega uma daquelas peças que viram notícia. Foi mais ou menos assim que um passageiro, até então anônimo, viu seu plano ir por água abaixo no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão.
Na tarde de quarta-feira (21), por volta das 15h, os olhos atentos dos policiais federais que fazem a segurança do aeroporto se voltaram para um detalhe inusitado. Um travesseiro. Sim, um travesseiro comum, daqueles de neck pillow que a gente leva pra viagem. Só que esse aí estava um tanto... estranho. Muito rígido, pesado demais para estar apenas cheio de espuma.
E não é que a desconfiança tinha fundamento? Ao revistar o item, os agentes se depararam com nada menos que 2,7 quilos de cocaína, meticulosamente embalados e camuflados dentro do forro do acessório. Quase três quilos! Dá pra imaginar o estrago que isso faria nas ruas?
O suspeito, que não teve a identidade revelada – afinal, a investigação ainda segue em andamento –, foi detido na hora e levado para a sede da PF no aeroporto. Lá, ele foi autuado em flagrante pelo crime de tráfico de drogas. Agora, a justiça vai decidir os próximos passos: se fica preso ou responde em liberdade. Mas, convenhamos, a situação é bastante complicada para ele.
Esse tipo de ação faz parte da operação de rotina da Polícia Federal, que está sempre de olho em tentativas de embarcar entorpecentes em voos nacionais e internacionais. E olha, não é de hoje que traficantes inventam os métodos mais criativos – e às vezes absurdos – para tentar passar ilesos. Já viram de tudo: de frutas falsas a livros ocos. Dessa vez, a tentativa foi com um travesseiro. Quem diria, hein?
O material apreendido foi encaminhado para perícia, e o caso agora está sob a responsabilidade da Justiça Federal no Rio de Janeiro. Uma coisa é certa: a criatividade do crime não supera a persistência e a experiência dos agentes. Mais uma vez, a fiscalização mostrou que está atenta – e que, por mais que inventem, a lei acaba pegando.
