Assaltantes em Manaus usam celulares como armas falsas — veja como agem
Assaltantes usam celulares como armas falsas em Manaus

Imagina a cena: você está na rua, distraído, quando de repente alguém aponta um objeto brilhante nas suas costas. "É um assalto!", gritam. Só que, pasme, a suposta arma era... um celular. Sim, você leu certo.

Em Manaus, os marginais estão usando smartphones como se fossem pistolas — e a estratégia, por mais absurda que pareça, está funcionando. A polícia já registrou pelo menos três casos assim só neste mês. Os bandidos aproveitam o formato alongado dos aparelhos e a escuridão da noite para aplicar o golpe.

O modus operandi

Funciona assim:

  • Os criminosos abordam as vítimas em locais pouco movimentados
  • Usam o celular como se fosse uma arma de fogo — às vezes até fazem barulhos de "tiro" com a boca
  • Aproveitam o susto para roubar pertences e fugir rapidamente

"Parece cena de filme de comédia, mas não tem graça nenhuma", reclama um morador do bairro Cidade Nova, que preferiu não se identificar. Ele foi uma das vítimas e só percebeu o truque quando os assaltantes já estavam longe.

Por que isso preocupa?

Além do óbvio — ninguém quer ser roubado —, a tática traz um problema sério: como reagir? Se você acha que está sendo ameaçado com uma arma de verdade, a situação fica infinitamente mais perigosa. A delegada Ana Beatriz, da Delegacia de Roubos e Furtos, explica: "Isso pode levar a reações desesperadas, colocando todos em risco".

E tem mais: os celulares usados nesses crimes costumam ser modelos antigos, sem valor comercial. Ou seja, mesmo que a polícia capture os bandidos, a "arma" do crime não serve como prova contundente.

O que fazer?

A orientação das autoridades é clara:

  1. Mantenha a calma — difícil, mas essencial
  2. Observe detalhes: a forma do objeto, sons, comportamento dos assaltantes
  3. Não reaja de forma violenta, pois pode ser arriscado
  4. Procure áreas movimentadas e iluminadas ao andar à noite

Enquanto isso, a polícia intensificou rondas nos bairros mais afetados. Mas, entre nós, é aquela velha história: quando um truque novo aparece, os bandidos sempre parecem estar um passo à frente. Resta torcer para que essa "moda" não pegue em outras cidades.