Salvador: Artistas de Rua Presas por Pintar Turistas sem Permissão — Entenda o Caso
Artistas presas por pintar turistas sem autorização em Salvador

Não é todo dia que a vibe descontraída do Pelourinho vira palco de confusão policial, mas foi exatamente isso que aconteceu na última segunda-feira. Duas mulheres, que se apresentavam como artistas de rua, acabaram algemadas e levadas para a delegacia depois de insistirem em pintar turistas — sem perguntar, sem combinar preço, sem nada.

Parece exagero? Talvez. Mas a verdade é que a prática, comum em pontos turísticos pelo Brasil, esbarrou na linha tênue entre a cultura e o incômodo. Segundo relatos, as artistas se aproximavam de visitantes e começavam a pintar à força, cobrando valores altos depois. Um turista chegou a dizer que se sentiu "encurralado".

Como tudo aconteceu?

A Polícia Militar foi acionada por volta das 15h, depois de várias queixas. As duas mulheres, ainda não identificadas, estavam atuando nas imediações do Largo do Pelourinho — coração cultural de Salvador, conhecido justamente pela efervescência artística, mas também, vez ou outra, por certa… insistência criativa.

Nada foi roubado, nenhum turista ficou ferido. Mas o constrangimento, esse, ficou. E aí é que está o busílis da questão: até onde vai o direito do artista de rua, e onde começa o abuso?

O outro lado da tinta

É inegável que Salvador respira arte. A cidade é um caldeirão de expressões, e muitas pessoas dependem do turismo para viver. Mas também é fato que ninguém gosta de ser surpreendido com uma pintura no braço — e depois com uma cobrança agressiva.

As duas mulheres foram levadas para a 16ª Delegacia Territorial (DT), sob a acusação de exercício ilegal da profissão e perturbação do sossego. A discussão, porém, vai além do jurídico: é cultural, é social, é sobre como equilibrar tradição e respeito.

E você, o que acha? Liberdade artística ou falta de educação? Em Salvador, a linha é tênue — e às vezes, vem colorida.